José Mourinho, técnico da Roma, busca mudar o ciclo após a derrota na final da Europa League. Com um contrato válido até 2024 e um salário de 8 milhões de euros por ano, ele continua sendo o principal alvo de clubes do calibre do Real Madrid e do Paris Saint-Germain. No entanto, o sucesso de suas negociações com a Roma depende de certas condições e melhorias, como contar com jogadores de valor mais elevado e uma figura intermediária como Maldini, famoso por sua influência nos bastidores do futebol italiano.
No discurso emocionado aos torcedores após a final da Europa League, Mourinho reiterou sua vontade de ficar na Roma e fazer parte do projeto que está sendo construído. O problema é que, ao mesmo tempo, o treinador também expressou descontentamento com a equipe e a ausência de uma figura carismática como Maldini para ajudar nos conflitos internos e externos do clube. Essa insatisfação pode afetar seu relacionamento com os proprietários da Roma, a família Friedkin.
O que Mourinho quer para a Roma?
Mourinho deseja trabalhar com um elenco mais qualificado, composto por 22 a 24 jogadores de valor igual e, como mencionado anteriormente, alguém que possa lutar em seu nome nos bastidores do futebol italiano. Um exemplo desse perfil é o ex-jogador e hoje dirigente do Milan, Paolo Maldini. Na Roma, o nome que naturalmente surge é o de Francesco Totti, mas até agora os Friedkin têm se mostrado relutantes quanto ao retorno do ídolo à equipe.
Além de uma figura influente, José Mourinho busca reforços no mercado de transferências. Entre os nomes sondados estão o meio-campista Houssem Aouar, do Lyon; o belga Youri Tielemans, do Leicester; e o defensor Evan N’Dicka, do Eintracht Frankfurt. Porém, considerando a situação financeira do clube, será difícil trazer todos estes nomes para a capital italiana.
Quando haverá um encontro entre Mourinho e os Friedkin?
Desde janeiro deste ano, Mourinho tem solicitado uma reunião com os proprietários da Roma. Até o momento, a família Friedkin não atendeu ao pedido. Agora, o treinador português quer resolver a situação o mais rápido possível: “É hora de conversarmos, mas segunda-feira vou tirar férias”. Com essa declaração, Mourinho pressiona os Friedkin para uma solução imediata. Caso não haja acordo, tudo indica que a separação do técnico e da Roma será inevitável, especialmente se o PSG ou o Real Madrid confirmarem seu interesse no técnico lusitano.
Em resumo, as próximas semanas serão decisivas para o futuro de Mourinho e da Roma. Se o treinador conseguir convencer os Friedkin a seguir seu projeto esportivo, a equipe italiana pode voltar aos holofotes do futebol europeu; caso contrário, será mais um capítulo turbulento na história do clube.