Rasmus Tantholdt, correspondente da “TV2”, da Dinamarca, foi ameaçado, sem nenhum motivo aparente, por uma equipe de segurança em Doha, no Catar, enquanto fazia uma passagem ao vivo.
Segundo informações do “ge”, os agentes se aproximaram do jornalista em um carrinho de golpe e exigiram que a transmissão fosse encerrada. Os oficiais também ameaçaram destruir o equipamento da “TV 2”.
Mesmo com Tantholdt mostrando as credenciais para filmagem e de imprensa para a Copa do Mundo, os agentes colocaram a mão na lente da câmera e mandaram que a reportagem fosse interrompida.
“Vocês convidaram o mundo inteiro para cá. Por que motivo não podemos filmar? É um local público. Você quer quebrar a câmera? Vá em frente. Vocês estão nos ameaçando“, disse o jornalista aos oficiais.
Após o episódio, o Comitê Supremo do Catar se desculpou formalmente com a equipe de reportagem da “TV 2”.
“Diz muito sobre o que é o Catar. Você pode ser atacado e ameaçado enquanto trabalha na mídia livre. Não é um país democrático. Minha experiência após visitar 110 países no mundo é: quanto mais você tem a esconder, mais difícil é pra fazer uma reportagem lá“, completou o repórter.
Copa do Mundo no Catar é alvo de críticas
O evento que começa no dia 20 de novembro e vai até 18 de dezembro vem recebendo várias críticas de diversos órgãos e personalidades por suas leis que atacam especialmente a comunidade LGBT e as mulheres.
Além disso, o país foi fortemente criticado pela mão de obra escrava dos imigrantes. Os dados indicaram que cerca de 15 mil trabalhadores morreram durante a construção dos estádios para receber a Copa.