Na mitologia grega, o rei Midas é famoso por sua habilidade de transformar tudo o que tocava em ouro. Hoje, essa história ganha uma nova versão nas mãos do Real Madrid. A estratégia de gestão eficiente do clube espanhol tem se mostrado benéfica ao longo dos anos, e continua trazendo resultados positivos.
A filosofia é clara: identificar jovens talentos emergentes para evitar envolvimento em um mercado inflacionado que exige investimentos altos sem garantir retorno. No entanto, existem exceções à regra. Alguns jogadores únicos em sua espécie, como os jovens Bellingham, Vinicius, Valverde, Camavinga e Fran García, conseguem quebrar o protocolo e conquistar seu espaço na equipe madridista.
A valorização financeira
Segundo dados da Football Benchmark, o valor de mercado da atual equipe do Real Madrid praticamente dobrou em comparação ao investimento feito em sua aquisição. O valor atual estimado do clube é de 1,151.9 bilhões de euros, resultado surpreendente de um investimento que custou 576 milhões de euros ao Real Madrid.
Quatro jogadores se destacam por terem tido o percentual de revalorização mais alto em comparação ao custo de seu passe: Vinicius (257%), Valverde (2.076%), Camavinga (232%) e Fran García (400%). Vale ressaltar também que a aposta do clube na renovação do meio-campo vem rendendo frutos.
Bellingham, por exemplo, contratado por 103 milhões de euros (R$549 milhões) no inverno, já tem seu valor estimado em 170 milhões de euros (R$907 milhões), tornando-se o jogador mais valioso do Real Madrid atualmente.
Os desafios da estratégia
Por outro lado, jogadores como Modric e Kroos, apesar de essenciais para a equipe, tiveram seu valor de mercado afetado pela idade. Além disso, jogadores como Eder Militao e Thibaut Courtois, que sofreram lesões de longa duração, também enfrentam uma queda em sua valorização. O caso mais emblemático, no entanto, é o do lateral esquerdo Ferland Mendy.
Contratado por 48 milhões de euros (R$256 milhões) em 2019 do Lyon, seu valor de mercado hoje é estimado em 22,6 milhões de euros, uma desvalorização de 53%. Mesmo diante dos desafios, a estratégia do “toque de Midas” do Real Madrid se prova eficiente, evidenciando que o maior valor não está sempre nos bens materiais, mas também no talento e potencial dos jogadores.