Após Vinícius Júnior sofrer racismo do empresário Pedro Bravo, que disse que o jogador precisava “deixar de ser macaco”, o mundo do futebol se mobilizou em apoio ao atacante do Real Madrid. No entanto, o caso serviu para aflorar ainda mais o racismo existente em várias camadas da sociedade.
Antes do clássico entre Atlético de Madrid e Real Madrid disputado no último domingo, a torcida colchonera foi gravada entoando cânticos racistas para Vinícius Júnior fora do estádio. O Congresso dos Deputados da Espanha se manifestou e pediu medidas da LaLiga, Uefa, Fifa e autoridades públicas do esporte no governo. O texto foi aceito por unanimidade por todos os partidos.
“Este episódio não é um caso isolado, mas um novo exemplo de uma realidade que já foi denunciada muitas vezes: Marega, Kameni, Williams, Marcelo, Alves ou Eto’o, entre outros, são alguns dos jogadores que sofreram insultos racistas. Dos campos de futebol, os insultos vão para os recreios. Portanto, este parlamento não pode olhar para o outro lado”, dizia o texto.
Pedro Sánchez, presidente da Espanha, também se manifestou sobre. Em entrevista ao portal estadunidense “Politico”, Sánchez condenou o comportamento dos torcedores do Atlético de Madrid:
“Sou torcedor do Atlético e esperava uma mensagem forte dos clubes contra esse tipo de comportamento. Isso é o que eu pediria à minha equipe. Acho importante que os clubes de futebol levem a sério esse tipo de comportamento e reajam”