O clima não anda nada bom entre o Vasco (e a empresa 777, dona da SAF do clube) e o Governo do Estado do Rio de Janeiro, mais especificamente com o governador Cláudio Castro. E mais uma vez o Maracanã é o centro da polêmica. Isso porque a novela envolvendo o Vasco no processo de licitação para a nova concessão do estádio ganhou mais um capítulo. Neste domingo, 22 de janeiro, o governador se manifestou nas redes sociais para esclarecer a polêmica sobre o imbróglio.
“Na última sexta-feira (20 de janeiro), fui surpreendido por uma nota sobre a concessão do Maracanã, plantada de forma mentirosa na coluna do renomado jornalista Lauro Jardim. Aguardei até ontem para que os presentes à tal reunião pudessem desmentir tal nota. O que não fizeram. Demonstrando, dessa forma, não estarem à altura de uma instituição centenária como o Vasco da Gama. Dirigir um clube de dimensões do Vasco requer seriedade e, sobretudo, honestidade” disse Cláudio Castro, sem papas na língua.
Ocorre que, diferentemente do que o governador do Rio afirma, o Vasco se manifestou por meio do seu vice-presidente, Carlos Roberto Osório. Em entrevista ao “LANCE!”, o dirigente disse que Cláudio Castro foi mal interpretado. No vídeo publicado nas redes sociais, o governador Cláudio Castro esclarece o que foi conversado na reunião e reforça o que o vice-presidente cruz-maltino disse ao “LANCE!”.
Governador Cláudio Castro não teve papas na língua ao criticar dirigentes do Vasco
“Recebi recentemente a diretoria do Vasco da Gama, conjuntamente com o seu novo investidor, o tal fundo 777. Em momento algum eu fui questionado se o processo de concessão seria justo. Seria, no mínimo, desrespeitoso perguntar isso para mim e para a minha equipe. Se o fizessem, teria convidado a todos para se retirarem da sala imediatamente por tamanha ousadia. O que me foi perguntado é se teria data prevista para a concessão. O que eu disse foi: ‘Sejam bem-vindos ao Brasil’. Aqui os Tribunais de Contas têm autoridade de retirar editais ao seu tempo. Enquanto não fosse superado todos os questionamentos, não haveria o que se falar em data. É muito triste saber que à mesa estavam sentados pessoas que eu prezo e gosto, como o ex-deputado estadual e, hoje, dirigente do Vasco da Gama, Carlos Roberto Osório, assim como o deputado estadual Chiquinho da Mangueira, os quais não tiveram a coragem de desmentir essa nota plantada de forma covarde”, afirmou o governador, que completou:
“Nunca foi me perguntado se eu garantiria a lisura. Foi perguntado se eu garantiria a data. O que eu disse foi o seguinte: ‘Isso está no Tribunal de Contas. Enquanto o Tribunal de Contas não devolver, não há de se falar’. Infelizmente, faltou coragem. Esperei mais de 24 horas, a fim de que as pessoas que estavam na sala desmentissem”, finalizou Cláudio Castro, visivelmente irritado com a situação.