O goleiro belga Thibaut Courtois acusou os jornalistas de terem minado a união da seleção durante a Copa do Mundo, onde foram eliminados na fase de grupos. Após o lançamento do documentário “One for all” no Amazon Prime Video, Thibaut Courtois e Axel Witsel falaram à revista belga Moustique.
Os dois jogadores destacaram e lamentaram o assédio da mídia que afirmam ter enfrentado durante o Mundial. “Tínhamos a sensação de que queriam nos derrubar”, afirmou Courtois. No documentário, alguns jogadores afirmam que “a imprensa causou muitos problemas” e essa percepção também é compartilhada pelo meio-campista Axel Witsel. “Isso nos afetou porque era provavelmente a última Copa do Mundo de nossa geração e queríamos mais positividade. As críticas fazem parte do nosso trabalho. Precisamos aceitá-las. Mas tínhamos a sensação de que eles queriam nos derrubar, já era uma obsessão”, disse o meio-campista.
Durante a competição, surgiram relatos na imprensa sobre tensões internas entre os jogadores da equipe. Os jogadores mais experientes, incluindo Courtois, até realizaram uma coletiva de imprensa de emergência para tentar conter a polêmica. “Acho que merecíamos mais. Antes do Brasil (Copa do Mundo de 2014), não nos classificamos. Chegamos lá e unimos o país. A imprensa contribuiu para destruir essa imagem e criar problemas. Eu moro na Espanha e as coisas não funcionam assim. Eles foram menos críticos durante o torneio e só se manifestaram depois da eliminação. E isso é melhor. Claro que no futebol não podemos ser sempre positivos”, enfatizou o goleiro.
“Contra Marrocos, não jogamos bem”, referiu Courtois, “Mas durante o torneio, é preciso estar unido e, quando acaba, podemos fazer críticas, sem problemas. Na Bélgica, quando estamos em alta, é sempre fantástico, mas quando chegamos ao topo, um bom jogo não é suficiente e as críticas surgem rapidamente. Mas acho que os fãs nos apoiaram”, ressaltou.
Ele deixou uma mensagem para os torcedores belgas para os próximos jogos da seleção: “Espero que contra a Áustria lotemos o estádio, porque é um novo ciclo. Durante a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, as arquibancadas estavam cheias de preto, amarelo e vermelho, e é isso que queremos”.