Nos últimos anos, o Fortaleza tem realizado contratações de peso no mercado, tanto brasileiro quanto estrangeiro. Recentemente, o Leão do Pici venceu a concorrência do São Paulo e conclui a compra do atacante Marinho, proveniente do Flamengo. Diferente de equipes que obtiveram um poder de compra alto recentemente através das SAF’s, o Fortaleza colhe os frutos de seu sucesso através de uma ótima organização administrativa.
Entre 2017 e 2022, as receitas do Tricolor saltaram de R$ 24,4 milhões para R$ 267,8 milhões, um crescimento impressionante de 1.100% em sua arrecadação. Com uma gestão financeira disciplinada, o Leão conseguiu equilibrar suas contas e conquistar a confiança dos jogadores, além de superar outros clubes em batalhas internas para reforçar seu elenco.
A histórica receita obtida em 2022 permitiu que o Fortaleza, presidido por Marcelo Paz, reduzisse suas dívidas em 9%, deixando-as em cerca de R$ 33,1 milhões. Em 2021, o clube já havia dado um grande passo na organização de suas finanças ao zerar suas dívidas trabalhistas.
“O Marinho é uma importante aquisição. É um jogador da primeira prateleira do futebol brasileiro. Foi uma negociação difícil porque muitos clubes, do eixo Sul-Sudeste, estavam interessados, mas ele optou por vir para cá pelo projeto, possibilidade de ser um protagonista, estabilidade do clube e pelo desafio de vencer com a gente também”, disse o presidente do clube, Marcelo Paz.
Durante o perído de restabilização financeira, o Fortaleza conquistou oito títulos: a Série B (2018), a Copa do Nordeste (2019 e 2022) e o inédito pentacampeonato cearense (2019, 2020, 2021, 2022 e 2023). Além disso, obteve campanhas expressivas na Copa do Brasil, no Campeonato Brasileiro e na Libertadores, tornando-se o único time nordestino a participar em duas edições consecutivas deste torneio continental.
Apenas no ano de 2023, foram gastos mais de R$ 22 milhões em contratações estratégicas. Destacam-se nomes como o centroavante argentino Juan Martín Lucero, proveniente do Colo Colo, em uma transação avaliada em cerca de um milhão de dólares (aproximadamente R$ 5 milhões, de acordo com a cotação da época), e Calebe, adquirido junto ao Atlético-MG por R$ 6 milhões.