O embate entre torcedores do Flamengo que foram ao Mundial de Clubes deste ano e a Fifa deve ir para a justiça. A entidade emitiu uma resposta aos torcedores rubro-negros que desejam reparação pela mudança de local da disputa de terceiro lugar entre Flamengo e Al-Ahly.
Cerca de 400 rubro-negros contrataram dois escritórios de advocacia para conduzir os processos contra a entidade máxima do futebol.
A Fifa diz que “as alterações foram feitas de acordo com as condições gerais aplicáveis e que a decisão foi tomada junto à Real Federação Marroquina de Futebol para que não afetasse a realização do jogo e a possibilidades dos torcedores acompanharem”.
Contexto do processo
No Mundial de Clubes deste ano, a disputa de terceiro lugar e a final estavam marcadas para acontecer em Rabat, capital do Marrocos. O Flamengo, que perdeu na semifinal para o Al-Hilal, disputaria uma vaga no pódio contra o Al-Ahly.
Entretanto, dois dias antes dos jogos, a Fifa decidiu mudar o local da partida entre Flamengo e Al-Ahly alegando a preservação do gramado para a final do torneio (marcada para o mesmo dia no mesmo estádio). A entidade definiu que a cidade de Tânger, onde ocorreu a semifinal entre Flamengo e Al-Hilal, seria o palco da disputa de terceiro lugar.
O problema é que os torcedores do Flamengo que compraram ingressos para o Mundial fecharam um pacote duplo que dava direito à semifinal e final do torneio. Com a mudança, muitos deles tiveram que alterar suas viagens, pois a distância entre as cidades é de 250 km, e não puderam usar o “ingresso duplo” comprado anteriormente.
Uma parte foi assistir o Flamengo e outra decidiu assistir a final entre Real Madrid e Al-Hilal, mas estes ainda enfrentaram dificuldades e problemas de organização da Fifa para ver a decisão.
Agora, os flamenguistas buscam na Justiça formas de fazer valer seu direito como consumidor. Os escritórios contratados cogitam utilizar o Código de Defesa do Consumidor na defesa dos torcedores, já que os ingressos foram comprados no Brasil.