Alguns jogadores marcantes do futebol brasileiro têm diploma no ensino superior. Sócrates e os goleiros Victor e Ricardo Berna são exemplos disso. No entanto, essa realidade é distante da maioria dos atletas, que desde cedo têm dificuldade em equilibrar os treinos com estudos.
No entanto, para o zagueiro Glauco, do Marília, a meta foi batida. Aos 29 anos, ele se formou no curso bacharelado de educação física. Em entrevista ao “ge”, ele revelou as dificuldades em conciliar a vida de treinos e estudos e afirmou que a carreira de jogador costuma acabar cedo:
“A gente sabe que a carreira de jogador é breve e se encerra, em média, aos 35 anos. Eu sempre tive esse compromisso comigo mesmo de me preparar quando encerrasse a carreira. Em 2018 surgiu essa oportunidade, à época jogava no Desportivo Brasil, e por ser EAD acabou sendo mais flexível”, disse.
“As dificuldades sempre estiveram aí. A faculdade que fiz foi EAD, semipresencial, então não tinha a obrigatoriedade de estar lá todos os dias. E assim consegui conciliar conforme o que o futebol me propiciava. Se tinha treino pela manhã, conseguia estudar à tarde, quando era treino de dois períodos estudava à noite. Foram anos com algumas dificuldades, sim, mas graças a Deus consegui superar e estou formado”, afirmou.
Glauco também falou do incentivo dos pais: “Sou filho de professora, meus pais sempre me direcionaram nos estudos, sempre correram atrás e investiram nos meus estudos e eu tinha esse peso comigo, esse compromisso de que quando desse certo, conciliar com a carreira. Hoje graças a Deus terminei o curso de bacharelado em educação física”, concluiu.
Sobre o clube
O Marília está disputando a Copa Paulista e é o primeiro colocado do seu grupo, com 17 pontos – cinco vitórias e dois empates em sete jogos. O próximo desafio é contra o Botafogo-SP neste sábado (3), às 15h.