A troca de funcionários entre o City Football Group (CFG) e o Tottenham Hotspur tem sido notória neste ano movimentado. O time londrino contratou Pedro Porro, ex-defensor do Manchester City, em janeiro.
Além disso, houve uma significativa movimentação no backstage em abril, quando foi anunciado que Scott Munn, então chefe executivo do CFG China, deixaria seu cargo para ingressar no Tottenham Spurs como chefe de futebol. Em setembro, Munn começou oficialmente seu trabalho no clube.
O cargo de chefe de futebol foi recém-criado, após uma revisão da operação de futebol do Tottenham. Essa avaliação foi conduzida por Gilly King, consultor externo e ex-chefe de recursos humanos do Manchester City – ela já havia exercido um papel semelhante no próprio Tottenham.
Além disso, em junho, Ange Postecoglou, ex-técnico do Yokohama F Marinos, clube que tem uma participação minoritária do CFG, assumiu como técnico chefe dos Spurs. Com tantas mudanças acontecendo, é inevitável questionar: seria essa uma tentativa dos Spurs de replicar o sucesso do CFG? Ou existem propósitos mais profundos por detrás dessas contratações?
Há algum propósito específico nas recentes contratações do Tottenham?
Não necessariamente. Desde o ponto de vista dos Spurs, as contratações foram realizadas de maneira independente e sem uma correlação direta. O fato, entretanto, é que essas movimentações profissionais chamam atenção pela coincidência de cargos e equipes.
Ao analisarmos de perto, percebemos que, quando Scott Munn foi contratado, os insiders dos Spurs faziam referência a Omar Berrada, chefe de operações do CFG, como exemplo para o trabalho que Munn realizaria.
No entanto, Tottenham e CFG podem funcionar de maneiras muito diferentes. O Tottenham, por exemplo, sempre se orgulhou de operar dentro das regras e respeitar as restrições do Fair Play Financeiro. Comparando os gastos dos dois clubes, a diferença também é notável. Os registros financeiros mais recentes do City mostram um salário anual de £ 422,9 milhões, enquanto Tottenham tinha menos da metade disso (£ 209 milhões).
Qual é a situação atual do Tottenham?
Em relação à semelhança entre o Tottenham e a City, uma visão enxerga que as mudanças feitas pelos Spurs têm a ver com a implementação de boas práticas. Portanto, é natural que haja alguma convergência com um dos clubes mais bem administrados do país.
A verdade é que, independentemente de quão parecidos ou diferentes possam ser, a mudança de profissionais entre os clubes certamente terá um impacto na maneira como ambos operam. O jogo deste domingo será um teste interessante para ver como essas mudanças afetam o desempenho em campo.