Darijo Srna, ex-jogador e atual diretor esportivo do Shakhtar Donetsk, equipe tradicional na UEFA Champions League, não poupou críticas à FIFA pelo tratamento da entidade em relação ao clube.
“A Fifa nos destruiu. Não nos protegeu em nenhum momento. Se fosse o Real Madrid, o Sevilla, o Barcelona ou o Bayern nesta situação, tenho certeza de que ajudariam rapidamente“, disparou.
Srna se refere a maneira que a Fifa agiu em relação à guerra na Ucrânia, que fez com que os jogadores das equipes ucranianas saíssem sem congelar os contratos.
“Gostaria que alguém da Fifa viesse à Ucrânia, convivesse conosco e outros times para sentir como é viver com sirenes e bombas. Tínhamos 14 estrangeiros com valor de mercado entre 150 e 200 milhões de euros, e foi permitido que eles saíssem sem congelar os contratos“, completou.
Na derrota por 2 a 1 diante do Real Madrid, na última quarta-feira (5), o Shakhtar atuou sem brasileiros pela primeira vez no século. Foram 102 jogos consecutivos com atletas nascidos no Brasil na equipe.
Apesar disso, a equipe ainda possuí um brasileiro em seu plantel: o lateral direito Lucas Taylor, de 27 anos. Revelado nas categorias de base do Palmeiras, o jogador passou por várias equipes do Brasil, até chegar ao FC Lviv, em 2018/19. Após isso, defendeu Estoril, de Portugal, Dnipro, da Ucrânia, e PAOK, da Grécia, clube que o emprestou ao Shakhtar nesta temporada.
Ao total, 38 atletas nascidos em terras tupiniquins defenderam o time de Donetsk na história. Alguns criaram bastante identificação, ficando por várias temporadas. Já outros adquiriram a nacionalidade ucraniana e até chegaram a defender a seleção do país.