O Sport Club Recife deverá atuar sem a presença de público em jogos como visitante nas competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão partiu do presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz, que atendeu ao pedido da Procuradoria nesta sexta-feira. A medida é uma resposta ao recente caso de violência contra o ônibus da equipe do Fortaleza.
Essa determinação não se aplica ao Clássico dos Clássicos que acontecerá neste sábado, com o Náutico, válido pelo Campeonato Pernambucano. Os torcedores do Sport já esgotaram a carga disponibilizada de 2.800 ingressos para visitantes. Quando questionado, o Sport alegou que vai se manifestar oficialmente assim que for notificado.
STJD aguarda julgamento do caso
A Procuradoria solicitou medidas punitivas para prevenir novos episódios de selvageria, como o ocorrido durante a saída da Arena de Pernambuco na madrugada de quinta-feira. O deferimento da solicitação por parte de Perdiz será válido até o julgamento do caso, que ainda não tem data estabelecida.
Conforme argumentado pela Procuradoria, o Sport desrespeitou o artigo 158 da Lei 14.597/2023, que versa sobre o dever dos clubes garantirem a segurança de seus torcedores. Tal transgressão resultou na necessidade de impetrar a medida cautelar para preservar a segurança nos futuros jogos.
Pronunciamento do Presidente do STJD
“…DEFIRO o pedido da Procuradoria para determinar que o Sport Club Recife jogue em todas as competições organizadas pela CBF, como a Copa do Nordeste e a Copa do Brasil, com portões fechados. Sendo assim, quando o Sport for mandante ou visitante, não poderá contar com a presença de sua torcida até que o STJD julgue a denúncia por uma de suas Comissões Disciplinares.
Defiro o pedido de terceiro interessado protocolado pela Federação Cearense de Futebol. O Sport Club do Recife e a Federação Cearense terão direito a se manifestar no prazo legal”, disse José Perdiz de Jesus, Presidente do STJD.
Casos de violência após a partida
Seis jogadores do Fortaleza foram feridos, necessitando de atendimento hospitalar. Os casos mais sérios foram do goleiro João Ricardo, que precisou de seis pontos na cabeça, e do lateral-esquerdo Escobar, que sofreu um trauma cranioencefálico.
Além desses, outros jogadores também se lesionaram no atentado perpetrado por uma organizada do Sport. São eles: o zagueiro Titi, o lateral-direito Emanuel Brítez, o volante Lucas Sasha e o lateral-esquerdo Dudu, que sofreram ferimentos mais leves.