Com demanda alta e preocupações com a segurança, a revenda de ingressos para a final da Libertadores chegou a atingir preços de R$ 5 mil. Mesmo sem possuir os ingressos físicos e oferecer garantias mínimas, os cambistas se dispõem a entregar em domicílio através de um serviço chamado “delivery”.
Com os bilhetes oficiais esgotados, a prática ilegal ainda é uma alternativa que muitos torcedores, desesperados por uma chance de assistir à final, estão dispostos a considerar. Mas, além do custo exorbitante, os riscos envolvidos são muitos.
Como funciona a venda de ingressos por cambistas?
O modus operandi desses cambistas é semelhante: eles não possuem os ingressos fisicamente, mas garantem tê-los. Para a final da Libertadores, os preços variavam entre R$ 3 mil e R$ 3,5 mil para a categoria 3 (setores Norte e Sul) e chegava até a R$ 5 mil para as categorias 1 e 2 (setores Oeste e Leste), valores muito acima dos estabelecidos oficialmente pela Conmebol.
Um ponto questionado é a segurança oferecida por esses cambistas. A maioria não dá nenhuma garantia e oferece como “segurança” uma espécie de “taxa de serviço”. A ideia é que o comprador pague uma parte do valor no momento da entrega do ingresso e o restante somente após entrar no estádio. É preciso lembrar que esta prática, além de ser ilegal, possui riscos, já que não existe qualquer garantia de que o bilhete seja legítimo.
O que dizem os cambistas?
Em uma suposta garantia de veracidade, um cambista chamado Guilherme demonstrou conversas e fotografias em seu celular com supostos clientes que utilizaram seus “serviços”. “Eu entrego o ingresso para você, tu me paga R$ 700 e só me dá o restante depois de entrar no estádio. Aí você me faz um pix. Outros clientes já fazem isso comigo, olha só”, disse.
Dessa maneira, o cenário da venda de ingressos para a final da Libertadores segue sendo um ambiente propício para práticas ilegais e fraudulentas. Portanto, é importante que os torcedores estejam conscientes dos riscos envolvidos para evitar prejuízos e frustrações.