Em uma notícia que pegou o mundo do futebol de surpresa nesta terça-feira, Romário, ícone do futebol brasileiro, anunciou seu retorno aos campos. O ex-atacante, que aos 58 anos assumiu a presidência do América-RJ em janeiro deste ano, revelou que jogará profissionalmente na Série A2 do Campeonato Carioca. O principal motivo? Atuar ao lado de Romarinho, seu filho de 30 anos e recente contratação do clube.
O “Baixinho”, como era conhecido durante sua gloriosa carreira nos gramados, planeja disputar de uma a três partidas na competição. “Poucos têm a honra de jogar ao lado do filho”, expressou Romário, destacando a excelente forma física que mantém através de sua rotina de exercícios. A possibilidade de dividir o campo com Romarinho representa a realização de um sonho para o ex-craque, que manteve a surpresa para o filho até o anúncio oficial.
A dinâmica pai e filho em campo
As expectativas de como será a coordenação entre Romário e Romarinho nos jogos são altas. Romário, com seu lendário faro de gol, espera receber bons passes do filho, imaginando cenas de gols que poderiam agregar ainda mais à sua vasta coleção de momentos memoráveis no futebol.
No entanto, reconhece suas limitações físicas atuais, brincando sobre a capacidade intelectual de alguns adversários e sobre sua estratégia de ficar mais posicionado na área do que em movimentação pelo campo.
Romário esclarece que a motivação para seu retorno não é uma jogada de marketing para atrair patrocínio, apesar de estar aberto a essas possibilidades em benefício do América. O foco está em ajudar o clube e realizar o sonho pessoal de atuar ao lado do filho. Além disso, ele vê seu retorno como uma maneira de aumentar o interesse dos torcedores, potencializando também a presença de público nos jogos.
Compromisso com o clube e a carreira política
Apesar do retorno aos gramados, Romário garante que sua carreira política não será afetada. Os jogos, programados predominantemente aos sábados, permitem conciliar ambas responsabilidades. O desejo do ex-atacante é contribuir para a conquista do campeonato, uma tarefa que ele reconhece ser desafiadora, mas para a qual está inteiramente comprometido – inclusive, participando dos treinamentos, algo que no passado ele tendia a evitar.
Esta volta ao futebol destaca, mais uma vez, a paixão de Romário pelo esporte e pelo América, mostrando que, para certos atletas, a ligação com o futebol transcende a aposentadoria. Com um contrato simbólico de um salário mínimo, que será doado de volta ao clube, o gesto reforça o compromisso do “Baixinho” não só como jogador, mas também como presidente e torcedor do América.