O ex-atacante Robinho, que se destacou por Santos, Real Madrid e seleção brasileira, acabou tendo um final de carreira melancólico e deprimente, graças à acusação de ter particiado do estupro coletivo de uma jovem albanesa na Itália. Robinho foi condenado a nove anos de prisão, mas como está no prisão, ainda não cumpre a pena. A justiça italiana, no entanto, já enviou ao Brasil pedido para que o ex-atleta cumpra em solo brasileiro a pena imposta a ele na Itália.
E, ultimamente, sempre que o nome de Robinho sai na impresa, é de forma negativa. Na mais recente delas, o “Rei das Pedaladas”, como ficou conhecido quando surgiu no Santos, em 2002, foi destaque em uma matéria do jornal espanhol ‘As’ que apontou as piores contratações da história do Manchester City, da Inglaterra.
E Robinho apareceu logo em primeiro da lista, que conta com 15 nomes que, digamos, não teriam deixado saudades nos torcedores do Manchester City.
“Vindo do Real Madrid, onde não encaixou, chegou aos Citizens esperando que ali acontecesse o contrário, mas não foi o que ocorreu”, diz o texto que descreve o brasileiro.
Robinho jogou duas temporadas no Manchester City e fez 16 gols em 53 jogos. Outros dois brasileiros também aparecem na lista: o atacante Jô e o lateral direito Maicon. O paraguaio Roque Santa Cruz e o equatoriano Felipe Caicedo são outros jogadores sul-americanos citados pela publicação.
A passagem de Robinho pelo Manchester City
Robinho chegou com a camisa 10 e status de primeira estrela contratada com a nova gestão do Manchester City. E o começo de Robinho foi muito bom, com seis gols nos seis primeiros jogos (incluindo um hat-trick contra o Stoke City) e um protagonismo assumido no elenco.
Na primeira temporada, o atacante foi o artilheiro do time com 15 gols – 14 na Premier League e um na Copa da UEFA. Ele marcou contra os três principais times de Londres (Chelsea, Tottenham e Arsenal) e, apesar de ver o clube chegar apenas em 10º no Campeonato Inglês, foi eleito o melhor jogador do mês de outubro e terminou a época bem requisitado pela torcida.
Mesmo assim, a sempre implacável imprensa inglesa já tecia críticas. O camisa 10 era comentado pela oscilação em campo, que gerava alguns desempenhos ruins para um atleta tão caro, e principalmente pela agitada vida noturna.
Temporada seguinte foi marcada por lesão e adeus ao City
Para a temporada 2009/10, já se esperava um desempenho melhor de Robinho. Mas após apenas três jogos na Premier League, sofreu uma lesão no tornozelo durante os compromissos internacionais. Acabou ficando fora por três meses e disputou apenas 12 jogos da liga até janeiro de 2010.
O único gol do rei das pedaladas pelo Manchester City naquela temporada foi contra o Scunthorpe United, pela quarta rodada da FA Cup. O camisa 10 caiu bastante de rendimento na época, especialmente após a troca de treinadores.
Com a saída de Mark Hughes para a chegada de Roberto Mancini, ele despencou e até chegou a não ser relacionado em alguns jogos. Com isso, parecia iminente a saída do brasileiro. Visando um bom ritmo de jogo para a Copa do Mundo de 2010, ele pediu para sair e acabou sendo emprestado ao Santos.
Com um bom futebol na Vila Belmiro e sendo um jogador importante na Seleção no Mundial, Robinho voltou ao Manchester City. Mas nem o clube, nem o jogador desejavam mais a permanência. Com isso, os Citizens abriram espaço para propostas. O jogador recebeu ofertas de equipes em vários países, mas no fim das contas acabou indo para o Milan, da Itália, onde também não conseguiu emplacar o bom futebol esperado.