No universo do futebol, muitas são as histórias de superação e evolução, especialmente quando se trata da gloriosa trajetória da seleção brasileira. Uma dessas histórias é a de Rivaldo, um dos mais respeitados e bem-sucedidos atletas do futebol brasileiro.
Numa entrevista exclusiva, o pentacampeão compartilhou alguns dos momentos mais marcantes de sua carreira, que vai desde a convocação para os Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996, até o momento tenso em que cogitou abandonar a seleção.
Na entrevista, o atleta falou abertamente sobre desafios, superações e as circunstâncias bem particulares que cercaram sua trajetória. Características essas que apenas reforçam a grandeza de Rivaldo no universo do futebol.
Em 1996, a convocação de Rivaldo para a Seleção Olímpica no lugar do Romário pelo treinador Zagallo gerou polêmica na época. O treinador, segundo Rivaldo, teria adquirido a antipatia de Romário para fazer valer sua escolha. “Vamos Rivaldo, eu comprei uma briga com o Romário”, teria dito Zagallo, deixando a pressão que pairava sobre ele bastante evidente.
O que isso ocasionou?
Mesmo assim, Rivaldo foi peça fundamental na Seleção durante o torneio. O então jogador relembrou com pesar o momento em que perdeu a bola e resultou em um gol da Nigéria que culminou na eliminação do Brasil. “Perdi uma bola e a Nigéria fez 3 a 2. Depois disso, eu fiquei um ano sem ir para a Seleção Brasileira”, lamentou.
Ao falar sobre sua convocação para a primeira Copa do Mundo na França, em 1998, Rivaldo se recordou de uma situação que ele considerou importante para selar seu nome entre os escolhidos por Zagallo. Ele mencionou um jogo amistoso entre Brasil e Argentina, no qual ele não foi convocado porque iria disputar a Copa do Rei pelo Barcelona.
Naquela ocasião, a seleção sofreu um revés e os torcedores brasileiros vaiaram muito a equipe. “Como eu não fui para esse jogo e fui campeão pelo Barcelona, acho que tive sorte de não ter ido para esse jogo do Maracanã”, avaliou.
Rivaldo também lembrou do sufoco da preparação para a Copa de 2002 e do aspereza excessiva dos críticos. Segundo ele, as críticas consistentes e excessivas quase fizeram com que o então melhor jogador do mundo desistisse de vestir a camisa do Brasil.
“Eram muitas críticas e eu consegui superar, mas passou pela minha cabeça largar a seleção. É até uma tristeza você pensar nisso, porque chegar na seleção é um sonho, mas quando você chega nesse ponto [de receber muitas críticas], isso passa na sua cabeça”.