Reviravolta acontece e Carlo Ancelotti é PROCESSADO na Espanha

O cenário futebolístico espanhol está agitado hoje, 10 de julho de 2023, após uma denúncia grave da Associação do Pequeno Acionista do Valencia (APAVCF) contra Carlo Ancelotti, treinador do Real Madrid, ter sido aceita para julgamento pela Procuradoria.

Conforme divulgado pela APAVCF, a queixa é relacionada às afirmações proferidas pelo técnico italiano depois da partida ocorrida no estádio Mestalla, no dia 21 de maio, em que ele insistiu que todo o estádio em uníssono gritava ofensas discriminatórias a Vinicius, no decorrer do jogo entre Valencia e Real Madrid.

É importante lembrar que Ancelotti se retratou parcialmente dois dias depois, em outra coletiva de imprensa realizada em Madrid. Na ocasião, ele admitiu que não eram os 46.002 espectadores – o número oficial de presentes naquele dia – que proferiam ofensas ao jogador, mas perguntou se haveria diferença ao insultar alguém com palavras ofensivas ou menos ofensivas.

Entenda o que a associação acusa Ancelotti

Após avaliar a queixa, o próximo passo para a Procuradoria será realizar as diligências necessárias para descobrir se houve um crime de calúnia contra os torcedores do Valencia, conforme solicitado pela APAVCF. No comunicado da APAVCF, é alegado que Ancelotti “rotulou todo um estádio com 46.002 espectadores […]como racistas para a mídia presente na sala de imprensa do Mestalla”.

A entidade ainda lamentou que essas “falsas acusações” tenham ocorrido “provavelmente de forma intencional”, de tal maneira que não apenas o Valencia viu “sua imagem manchada”, mas também o da Comunidade Valenciana, “ao associá-la a um racismo generalizado”.

A associação está pedindo à Procuradoria que conduza um “investigação pertinente” e apresente “a denúncia pertinente em nome dos agravados”, ao mesmo tempo em que mantém a opção aberta – no comunicado que divulgou depois – de apresentar uma queixa de injúria contra o técnico.

O que pode acontecer com Ancelotti agora?

Na denúncia, algumas das expressões usadas pelo treinador na sala de imprensa do Mestalla no fatídico dia 21 de junho foram citadas textualmente, como “a atmosfera é racista”, “todo o estádio gritou mono, mono, mono”; “não era uma pessoa que se tornou louca, aqui um estádio se tornou louco” e outras.

A Procuradoria continuará as investigações sobre as declarações feitas e sobre denúncia de calúnia contra os torcedores do Valencia. O impacto de tais declarações é imenso e poderá ensejar consequências graves para o técnico italiano. Estamos de olho para mais atualizações sobre este caso.