O ex-presidente do Flamengo, Márcio Braga, que serviu em seis mandatos e é considerado o dirigente mais vitorioso do clube, está liderando um pedido de impeachment contra o atual presidente, Rodolfo Landim.
A decisão ocorre após o Flamengo perder o oitavo e último título que disputava em 2023, incluindo a Copa do Brasil, Supercopa do Brasil, Mundial Interclubes, Taça Guanabara, Campeonato Estadual, Recopa Sul-americana, Libertadores da América e Brasileiro.
A alegação de Braga é que Landim permitiu seguidos desmandos na gestão do departamento de futebol do clube na temporada atual. Embora seja um processo complexo, Braga ainda possui considerável influência política no clube, e outras correntes, incluindo a do ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, também estão insatisfeitas com o atual mandatário.
Na história do Flamengo, apenas um precedente semelhante ocorreu há 21 anos, quando Edmundo Santos Silva foi afastado do cargo em 2002. A decisão será tomada pela Assembleia Geral do clube, e juristas e desembargadores rubro-negros próximos a Márcio Braga começarão a traçar as linhas mestras do processo.
Há um sentimento generalizado de revolta na Gávea devido à aparente omissão de Landim em intervir no futebol, apesar dos problemas evidentes de desorganização. A não demissão imediata do vice de futebol, Marcos Braz, após um incidente em que se envolveu em uma briga com um torcedor em um shopping, é vista como inaceitável.