O presidente do Atlético Mineiro, Sérgio Coelho, criticou o repasse das cotas de TV para Flamengo e Corinthians no modelo de divisão proposto pela Libra (Liga Brasileira de Futebol). Esse é mais um episódio da discussão sobre o modelo de gestão do campeonato brasileiro nos próximos anos.
O Galo faz parte do grupo LFF (Liga Forte Futebol), junto de mais 25 clubes, enquanto Corinthians e Flamengo fazem parte da Libra com mais 16 times. Os blocos possuem propostas de gestão semelhantes e divergentes.
Crítica do presidente do Atlético Mineiro
Sérgio Coelho critica o fato de Corinthians e Flamengo não terem redução nas cotas de TV pelos próximos cinco anos (período de transição). Para o mandatário, é injustificável as equipes ganharem, no mínimo, a mesma quantia que ganham atualmente.
“Porque ter essa garantia se estamos em uma liga com participações iguais? Claro, iremos respeitar que os clubes que têm maior torcida, maior apelo, e performance melhor, ganharão realmente mais. o Flamengo vai ganhar mais. Mas é preciso encurtar essa distância”, disse o presidente.
Essa distância citada por Sérgio é com relação à diferença de repasses de cotas de TV na última temporada para o clube “mais rico” e “mais pobre”. “A título de exemplo: o Flamengo recebeu de Pay-per-view R$ 170 milhões. O Cuiabá, que foi o que menos ganhou, ganhou só R$ 146 mil. O Flamengo recebeu mil vezes mais”, explicou o mandatário mineiro.
O Atlético é um dos líderes da LFF, que propõe um modelo de gestão com características diferentes da Libra. Há uma proposta na mesa de um fundo de investimentos que deseja adquirir 20% da Liga, que será votada no conselho deliberativo de cada clube para aprovação ou não.
Atualmente, os membros da LFF são: Atlético Mineiro, ABC, Athletico Paranaense, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Coritiba, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário-PR, Sport, Vila Nova e Tombense.