Cada edição do Mundial de Seleções é uma euforia gigantesca para o torcedor brasileiro. Mesmo quando a seleção não vive um grande momento, as expectativas são altas no início da competição, com a amarelinha chegando sempre como uma das favoritas. Mas, afinal de contas, por acaso você sabe por onde andam os jogadores do Brasil da Copa do Mundo de 2010?
Na época, Dunga era o técnico da seleção brasileira. Ele havia assumido o comando da amarelinha em 2007, logo após o término do Mundial de 2006, quando o Brasil acabou sendo eliminado para a França. Para a Copa do Mundo de 2010, no entanto, foi alvo de críticas e incertezas por conta de sua convocação.
Para quem olha para os convocados do Brasil da Copa do Mundo de 2010 hoje em dia, o sentimento é uma mistura de “como” e “por quê”. A seleção daquele ano estava longe de ser a mais forte do mundo em termos de elenco, ainda que contasse com alguns craques que brilharam no cenário mundial.
No entanto, em geral, tratava-se de uma equipe bastante desgastada – com muitos jogadores titulares e reservas com mais de 30 anos de idade e que não viviam mais os seus auges. A experiência, no entanto, acabou não sendo o suficiente para que o Brasil levasse o título para casa.
As primeiras polêmicas quanto a convocação
Nos dias de hoje, é praticamente impossível imaginar uma situação em que Neymar não seja convocado para a seleção brasileira. Mesmo não estando no auge da sua forma física e técnica, ele ainda segue sendo a figura mais importante do Brasil no futebol, em nível internacional – não à toa veste a 10 do PSG.
Em 2010, Neymar já começava a demonstrar o quão craque viria a ser, com uma excelente campanha com o Santos. Aquele era o seu segundo ano como profissional no Peixe e, ainda que tivesse somente 18 anos de idade, já era a principal referência da equipe. No fim, terminou a temporada com 42 gols e 15 assistências em 60 jogos.
Acontece que Neymar não foi convocado para a seleção brasileira. O movimento fez com que muitas críticas recaíssem sobre Dunga, que tinha um ataque com apenas quatro jogadores – sendo que nenhum deles tinha a explosão do jovem santista. No entanto, Ney não tava sozinho nessa.
Ganso, que na época também já brilhava com a camisa do Santos, também estava sendo cotado para a convocação da Copa do Mundo de 2010. Assim como Neymar, no entanto, não foi. Os dois compuseram uma dupla que brilhou no Peixe e que, infelizmente, nunca vestiram juntos com frequência a camisa amarelinha.
Dito isso, saiba quem eram e por onde andam os jogadores do Brasil da Copa do Mundo de 2010:
Goleiros
O gol era uma das posições menos questionadas na convocação de Dunga para a Copa do Mundo de 2010. O titular absoluto daquela equipe era Júlio César que, na época, vivia o auge da sua carreira atuando pela Inter de Milão – clube onde, naquele ano, acabou sendo campeão da Tríplice Coroa.
Depois daquela Copa do Mundo, Julio Cesar fez mais uma boa temporada vestindo a camisa da Inter de Milão. Ele ainda passou por Queens Park Rangers, Toronto FC e Benfica antes de se aposentar, em 2018 pelo Flamengo – clube que o revelou e o colocou em destaque no início dos anos 2000.
Os dois goleiros reservas do Brasil na Copa do Mundo de 2010 eram Gomes, então jogador do Tottenham, e Doni, que na época estava na Roma. Ambos os jogadores já estão aposentados: Gomes se retirou dos gramados em 2019, quando fez sua última temporada pelo Watford, enquanto Doni, que no Brasil brilhou pelo Corinthians, se aposentou no Botafogo de Ribeirão Preto.
Laterais
Na Copa do Mundo de 2010, os convocados para as laterais da seleção brasileira formavam uma mistura de grandes potenciais e jogadores já consolidados. Os titulares daquela equipe eram Maicon, que na época era titular absoluto na Inter de Milão, e Michel Bastos, que vinha fazendo uma ótima temporada no Lyon.
Depois daquela Copa, Maicon ainda fez algumas temporadas na Europa – passou por City e Roma. Voltou ao Brasil, onde atuou por Avaí, Criciúma e Vila Nova. Atualmente, está no Tre Penne, de San Marino. Já Michel Bastos, ainda retornou ao país para vestir a camisa do São Paulo, Palmeiras e Sport. Em 2019, ele se aposentou pelo América Mineiro.
Na lateral, os dois reservas da seleção brasileira naquela época eram Daniel Alves e Gilberto. O primeiro, na época, vinha fazendo temporadas excelentes pelo Barcelona, em um dos times mais marcantes de todos os tempos. Já o segundo atuava pelo Cruzeiro, onde também era destaque.
Assim como Michel Bastos, Daniel Alves também retornou ao Brasil e vestiu as cores do São Paulo. Atualmente, ele está no Pumas, do México. Já Gilberto, se aposentou apenas alguns anos depois da Copa do Mundo de 2010, em 2014, pelo Araxá, de Minas Gerais.
Zagueiros
O Brasil estava muito bem servido de zagueiros na Copa do Mundo de 2010, mas com um porém: muitos deles já estavam passando do auge de suas carreiras. Os titulares daquela equipe eram Lúcio, que também estava na Inter de Milão, e Juan, que atuava pela Roma já há algumas temporadas.
Lúcio, apesar de ser um dos mais velhos daquela equipe, estava muito bem. Em 2011, ele fez o seu último jogo pela Inter e, nos anos seguintes, passou por São Paulo, Palmeiras e outras equipes, até se aposentar em 2019, pelo Brasiliense. Já Juan deixou o futebol italiano ainda naquela temporada e voltou em definitivo ao Brasil, onde defendeu Internacional e Flamengo – clube de sua aposentadoria, em 2019.
Os reservas daquela seleção brasileira eram Thiago Silva, então jogador do Milan, e Luizão, ídolo do Benfica. O primeiro, segue sendo um dos melhores zagueiros em atividade e, atualmente, defende as cores azuis do Chelsea. Já o segundo se aposentou justamente no Benfica, em 2018.
Meias
O meio-campo do Brasil na Copa do Mundo de 2010 era um exemplo perfeito do que era o elenco da seleção brasileira na época. Em suma, pode-se dizer que era uma mistura total de juventude e experiência, mas em um esquema que acabou não vingando por uma série de motivos.
Os titulares do Brasil naquele Mundial de Seleções variavam bastante, mas costumavam girar em torno de Kaká, Elano, Gilberto Silva e Felipe Melo. Na época, Gilberto Silva defendia as cores do Panathinaikos, da Grécia, depois de excelentes temporadas atuando pelo Arsenal. O jogador encerrou sua carreira em 2013, no Atlético Mineiro.
Já Kaká havia recém sido contratado pelo Real Madrid, depois de ter feito as melhores temporadas de sua carreira atuando pelo Milan. O jogador voltou a atuar no Brasil, em 2014, mas se aposentou em 2017 dos gramados, depois de três temporadas no Orlando City, dos Estados Unidos.
Elano, por sua vez, na época atuava pelo Galatasaray, da Turquia. Um ano depois ele seria vendido para o Santos e ainda passaria pelo Grêmio e Flamengo antes de se aposentar, em 2016, pelo Peixe. Felipe Melo, por sua vez, era jogador da Juventus. Ele defendeu as cores do Palmeiras recentemente e, hoje em dia, joga pelo Fluminense.
Os reservas do Brasil na Copa do Mundo de 2010 eram Josué, Julio Baptista e Ramires. O primeiro, que na época jogava pelo Wolfsburg, se aposentou em 2014, depois de três boas temporadas atuando pelo Atlético Mineiro. O segundo estava na Roma e, antes de se aposentar, em 2019, ainda defendeu as cores do Cruzeiro. Já o terceiro estava no Chelsea na época e, desde 2020, está sem clube – quando deixou o Palmeiras.
Atacantes
O ataque do Brasil na Copa do Mundo de 2010 era uma das posições menos tumultuadas – ao menos em termos de representação. A seleção contava com apenas quatro jogadores na posição – uma quantidade relativamente baixa, se você for levar em consideração convocações posteriores.
Os titulares da posição do Brasil naquela época eram Luís Fabiano, que então atuava pelo Sevilla, e Robinho, que estava no Manchester City, mas foi emprestado ao Santos no mesmo ano. Fabuloso se aposentou em 2017, no Vasco, depois de boa temporadas pelo São Paulo. Já Robinho está longe dos gramados desde 2020, por conta de uma série de acusações de estupro que culminaram em uma condenação na Itália.
Os dois reservas da seleção brasileira naquela época eram Nilmar, que atuava pelo Villarreal, e Grafite, que vivia a melhor fase da sua carreira pelo Wolfsburg. Nilmar se aposentou em 2017 e, antes disso, ainda atuou algumas temporadas pelo Internacional. Já Grafite deixou os gramados no mesmo ano, quando fez seu último ano pelo Santa Cruz.