Um dos grandes destaques do futebol internacional, Jordan Henderson, atualmente recebe a impressionante quantia de 700 mil libras (R$4.3 milhões) por semana, líquida de impostos, atuando na Arábia Saudita. Mas, embora o Pro League seja uma mina de ouro garantida para os jogadores, a situação para os gestores esportivos não é tão certa assim.
Um caso emblemático é o de Steven Gerrard, que pode ter que enfrentar uma montanha de impostos caso seja demitido de seu posto como técnico do Al-Ettifaq. E este é um ponto chave: os técnicos não gozam da mesma proteção contratual dos jogadores em termos tributários.
A exemplo do jogador Jordan Henderson, Gerrard encontra-se no comando do Al-Ettifaq, enquanto seu colega Robbie Fowler é responsável pelo time de segunda divisão Al-Qadsiah, em uma cidade vizinha. Ambos, no entanto, estão bastante cientes de que se espera deles sucesso imediato e que qualquer deslize nos resultados pode significar o término de seus contratos.
Como a regulação fiscal impacta jogadores e técnicos?
Este aspecto da gestão esportiva na Arábia Saudita é bastante delicado e pode levar os gestores a uma situação financeira complicada. Se qualquer um dos dois for demitido nos próximos dois anos e retornar à Inglaterra – o que é perfeitamente possível – eles serão impactados com uma cobrança substancial do HMRC (a receita federal britânica).
Para que os rendimentos auferidos na Arábia Saudita sejam isentos de impostos, tanto jogadores quanto técnicos devem permanecer fora do país por um ano fiscal completo. Eles podem voltar ao Reino Unido, mas por no máximo 91 dias durante o ano fiscal.
Desde que assumiu o Al-Ettifaq em julho, Gerrard perdeu apenas uma de suas cinco partidas oficiais. A vitória sobre o Damac, em sua última partida antes da parada internacional, manteve a equipe em quinto lugar na Pro League da Arábia Saudita. O Al-Ettifaq voltará à ação na sexta-feira com uma partida contra o Abha Club. Quanto ao Al-Qadsiah de Fowler, a equipe se encontra invicta e em terceiro lugar na segunda divisão.