Atacantes e goleiros se destacam por dois motivos quase iguais. Atacantes por marcarem gols e goleiros por evitá-los. Mas há uma outra peça importantíssima nessa engrenagem que, sem ela, praticamente nada disso aconteceria: os meio campistas passadores. E Gustavo Scarpa, do campeão Palmeiras, foi o grande destaque do Brasileirão nesse quesito.
Então, quando você ouvir um palmeirense lamentando a saída dele do clube, saiba que este é um dos grandes motivos: o camisa 14 fez 106 assistências para finalização de companheiros que resultaram em 16 gols. Esse montante de bolas para seus colegas de equipe concluírem em gol é 47% maior do que conseguiu fazer o segundo colocado desse ranking, o colombiano Jhon Arias, do Fluminense, que fez 72 assistências para finalizações, com dez virando gols.
Gustavo Scarpa e Jhon Arias fizeram o mesmo número de assistências rasteiras: 31. Mas no jogo aéreo, Scarpa fez 83% mais (75 contra 41). Dos 16 gols marcados pelo Palmeiras com assistências de Scarpa, dez foram pelo alto (62%).
Outros “passadores” de qualidade que se destacaram no Brasileirão
Artur, do Red Bull Bragantino, tem 40 assistências rasteiras, 31 pelo alto, 71 para finalização, resultando em seis gols dessas assistências. Vina, do Ceará, Paulo Henrique Ganso, do Fluminense, Dudu, do Palmeiras, Nacho Fernández, do Atlético-MG, Aderlan, do Red Bull Bragantino, Carlos de Pena, do Internacional, e Arrascaeta, do Flamengo, fecham o Top 10 dos melhores passadores do Campeonato Brasileiro.
Entre os jogadores que mais participaram de gols – contando também as assistências -, ninguém brilhou tanto quanto Germán Cano, do Fluminense. Artilheiro do Brasileirão com 26 gols, ele ainda deu duas assistências para companheiros. Participou diretamente de cinco gols a mais do que Gustavo Scarpa, que brilhou nas assistências, assim como Arias, parceiro de Cano. Entre eles, Pedro Raul, do Goiás, e Calleri, do São Paulo, se destacaram pelos gols marcados.