O álbum da Copa do Mundo é uma febre não apenas no Brasil, mas também na Argentina. O país vizinho ao nosso, por sinal, pode chegar a ser mais apaixonado ainda pelas figurinhas. Isso inclusive virou assunto do governo federal.
Matías Tombolini, secretário de comércio, se reuniu com representantes da UKRA (a associação argentina dos jornaleiros) e da New Rita, empresa licenciada que produz os álbuns para a Panini. A reunião gerou críticas, pois a Argentina atravessa por uma crise econômica e outros assuntos deveriam ser mais urgentes.
Em relação ao álbum, as figurinhas se tornaram peça rara nas ruas da Argentina. Por conta disso, os preços aumentaram: os pacotinhos custavam 150 pesos (R$ 5,35, na cotação atual), mas chegaram a ser repassados em valores de 300 a 500 pesos nos últimos dias. O álbum, que custa 750 pesos, começou a ser vendido por 3 mil.
Vice-presidente da UKRA pede fim do mercado paralelo
Em entrevista ao jornal Clarín, Adrián Palacios, vice-presidente da UKRA, pediu à Panini a entrega apenas pelas distribuidoras oficiais:
“Há desabastecimento de figurinhas e álbuns em todo o país. A média de entrega é de 25 ou 50 pacotes por semana, e de 20 ou 30 álbuns semanais por banca. Isso não dá conta de atender nenhum vizinho, de nenhum local. E o que estamos pedindo à Panini é que entregue a mercadoria aos distribuidores oficiais e que estes vendam aos jornaleiros, não que façam como até agora, num mercado paralelo. Convocamos essa reunião para que as bancas sejam os que podem comercializar esse produto, como fizemos sempre”, disse.