Após o fim da data Fifa, os clubes do futebol europeu terão que lidar com um problema que vem sendo recorrente na Europa nos últimos anos: as lesões. Próximo do início da Champions League, muitos clubes estão preocupados com jogadores lesionados no elenco.
Essa situação reacendeu o debate sobre o calendário de competições, uma discussão que também é frequente no futebol brasileiro.
Lesões na Europa
As lesões vem causando problemas para alguns dos principais clubes do Velho Continente neste início de temporada. No Real Madrid, Vini Jr sofreu lesão muscular na coxa e Courtois e Éder Militão rompe ligamentos do joelho.
No Manchester City, Kevin De Bruyne também sofreu lesão muscular na coxa, assim como Pedri, do Barcelona. Outro nome de destaque que está lesionado é o jovem Musiala, do Bayern de Munique, com estiramento na coxa.
Segundo levantamento, os 15 principais clubes da Europa possuem 42 jogadores no departamento médico neste começo de temporada. Os problemas vem acontecendo desde o início da pré-temporada, em julho.
A Uefa divulgou outro levantamento indicando que, nos últimos cinco anos, ocorreram mais de cinco mil lesões no futebol europeu. A mais recorrente delas é lesão muscular na parte posterior da coxa, com distensão ou ruptura dos tendões. Ela representa 24% dos casos.
“Nossos resultados podem ser comparados com outros cenários do futebol de elite. A proporção das lesões musculares aumentou ao longo dos anos, principalmente da posterior da coxa. Lesões musculares constituem hoje mais da metade das que levam à ausência no futebol profissional”, explicou o cirurgião ortopedista,
Markus Waldén.
Uma das explicações para esse fenômeno é o nível de exigência física nas partidas, que foi aumentando com o passar dos anos. Além disso, o calendário e as viagens atrapalham no tempo de recuperação, como comentou o técnico Mikel Arteta, do Arsenal, em entrevista recente.
“Há alguma coisa. Os jogos, mais as viagens, mais a Copa do Mundo em dezembro [Catar], mais os jogos de seleção, é muita coisa. É muito para os jogadores. É uma demanda inacreditável. Quando você vê os próximos 36 meses para esses jogadores, o melhor é não olhar. É incrível o que eles fazem”, disse