Depois de algumas temporadas brilhantes à frente do Liverpool, da Inglaterra, a maré não anda boa para o técnico Jürgen Klopp, considerado um dos melhores do mundo na função. Depois de sofrer uma goleada do Real Madrid, pela Liga dos Campeões, o treinador concedeu entrevista coletiva na última sexta-feira (24) e indicou que há muito o que ser feito ao fim da temporada.
Em oitavo lugar, a cinco pontos do Newcastle, os Reds correm sério risco de ficar de fora de competições europeias para 2023-24. Klopp sabe desse risco e, exatamente por isso, precisará ajustar detalhes para garantir que a reação venha em tempo. Mas virando a temporada, a missão é de mudança, que talvez ganhe contornos mais radicais.
“Sabemos que temos de melhorar e mudar algumas coisas. Iremos fazer isso. Não podemos fazer isso agora, mas certamente faremos algo no verão [europeu]. Por ora, precisamos nos manter firmes até o fim e lutar. Esse time tem uma história maravilhosa, e é gerido por gente que não pretende gastar dinheiro a esmo. Nossas transferências serão pontuais, o que torna tudo mais difícil. E obviamente não podemos fazer quatro contratações se não soubermos quem sairá do elenco, entre outros problemas. No último ano, não vi necessidade de grandes mudanças. Jogamos tudo até o fim e, com isso percebemos que se quisermos alterar algo, não podemos simplesmente sair trazendo gente se ninguém quiser sair. Não funciona assim”, comentou.
O que mudou e o que deve mudar no Liverpool
A estrutura do Liverpool de fato é muito parecida desde o ápice do trabalho de Klopp, em 2020, com o título da Premier League, esperado por três décadas em Anfield. A grande perda foi a transferência de Sadio Mané para o Bayern, o que culminou com a chegada de Darwin Nuñez para o comando do ataque dos Reds.
Enquanto isso, figuras como Mohamed Salah, Jordan Henderson e Roberto Firmino seguem, mas sem o brilho de outrora. O xerife Virgil van Dijk vem sofrendo com lesões. A maioria dos medalhões do Liverpool já estão demonstrando os sinais do tempo. É preciso pensar em longo prazo, quando a espinha dorsal do time vencedor de 2019-2021 já não estiver mais completa.
Para isso, Klopp demonstra ter um plano minimamente estruturado: “Precisamos ter nossas ideias e objetivos. Sabendo a todo momento que fazemos isso baseados na maneira como o clube conduz seu futuro. É diferente de outras equipes, assim que é, afinal. Funcionou muito bem até aqui. O que precisamos entender é se continuará funcionando ou se teremos de nos adaptar”, finalizou.