A Justiça determinou, na tarde da última segunda-feira (3), a transferência do policial Marcelo de Lima, acusado de matar um torcedor do Fluminense, para a Cadeia Pública Constantino Cokotós, em Niterói, que é destinado a policiais na ativa.
Marcelo é acusado de matar Thiago Leonel Fernandes da Motta a tiros e também de ferir Bruno Tonini de Moura. O episódio aconteceu em um bar no último sábado (2) após o clássico Fla-Flu, válido pelo duelo de ida da final do Campeonato Carioca.
De acordo com testemunhas, o motivo da briga entre o policial e os torcedores do Fluminense teria sido uma pizza. Após disparar contra os dois, o policial tentou fugir do local do crime.
“Logo após os disparos, o custodiado teria tentado se evadir do local, sendo em seguida rendido por policiais militares. É de se ressaltar que esse não é o tipo de comportamento esperado por aqueles que agem de acordo com lei, ainda mais no caso em tela, em que o custodiado é um agente de segurança pública, conhecedor das normas, sobretudo as penais” diz o trecho do documento assinado pelo juiz Bruno Rodrigues Pinto, da Central de Audiências de Custódia.
O meritíssimo também destacou, em documento, a personalidade violenta por parte de Marcelo “sendo um risco à paz social”.
“Entendo como necessária a prisão preventiva do custodiado, para garantia da ordem pública, em razão da elevada gravidade concreta do delito, na medida em que ele teria supostamente praticado o delito em um bar, efetuando pelo menos cinco disparos de arma de fogo, ocasionando a morte de uma pessoa e graves lesões em outra, expondo a perigo diversas outros moradores e torcedores que haviam saído, momentos antes, do estádio do Maracanã. Tais circunstâncias revelam a personalidade extremamente violenta e desajustada do custodiado, demonstrando ser um risco à paz social”, consta no documento.
Por fim, Angelo Máximo, advogado que defendia o policial penal, decidiu deixar o caso. O motivo seria “questões de foro íntimo”, de acordo com nota divulgada pelo escritório.