O pedido de renovação da intervenção judicial no Santa Cruz foi recusado. O que significa que a solicitação foi negada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco na última quarta-feira (2) a partir de solicitação feita pelos advogados representando a SAF coral. Como consequência imediata, Marino Abreu, o presidente do Conselho Deliberativo Tricolor, retorna à posição.
A decisão implica na anulação da reunião agendada para sexta-feira (4) no Conselho Deliberativo, que tinha como objetivo expulsar os conselheiros inadimplentes com suas mensalidades. Além disso, Ricardo de Paula, apoiador do presidente executivo Antônio Luiz Neto, deixa suas responsabilidades diárias relacionadas ao clube.
Para compreender o requerimento apresentado pelo Santa Cruz, o setor jurídico alegava a necessidade de renovação para estabelecer a paz interna do clube na execução do plano de pagamento aos credores. O departamento também acusava o dirigente do Conselho de práticas irregulares visando aumentar seu capital político para solicitar seu afastamento, que já havia sido aprovado em junho, inicialmente com duração de dois meses.
Entenda as maiores polêmicas
Dentre as irregularidades mencionadas no processo, estava a falta de cobrança de mensalidades no Conselho Deliberativo do Santa Cruz, um fator que, segundo a argumentação, teria resultado em um prejuízo de aproximadamente R$ 700 mil para o clube.
Outro ponto abordado foi o fato de o Conselho Deliberativo não ter empossado os 300 novos conselheiros que foram aprovados pela gestão de Antônio Luiz Neto em uma votação extraordinária no início de seu mandato provisório, quando ele substituiu Joaquim Bezerra, que havia renunciado à presidência em março de 2022.
Consequentemente, com essas duas medidas combinadas, os advogados alegaram na petição que o Santa Cruz deixou de arrecadar um total de R$ 1,271 milhão. Entretanto, o estatuto do clube contempla a possibilidade de isenção do pagamento das taxas para os conselheiros, dependendo de suas condições financeiras.