Nesta sexta-feira (6), o treinador Carlo Ancelotti, do Real Madrid, expressou sua indignação em coletiva de imprensa com a capa do jornal “Superdeporte”, de Valência, que chamou o brasileiro Vinicius Junior de “Pinóquio”.
Na quinta-feira, Vini prestou depoimento perante as autoridades judiciais espanholas em relação aos ataques racistas que enfrentou durante a partida contra o Valencia em maio.
“Se jogássemos amanhã no Mestalla, levaria Vinicius com certeza. Creio que o tiro está sendo desviado. Vinicius é a vítima. Tanto faz se são um, dois, mil ou 10 mil (torcedores), e os meios de comunicação que querem desviar o tiro me dão pena e raiva”, criticou Ancelotti.
Segundo o jornal espanhol “As”, a capa do “Superdeporte” causou um grande desconforto no Real Madrid. Fontes internas do clube consideraram a capa lamentável, escandalosa e quase criminosa.
Vinicius Jr. prestou seu depoimento por videoconferência perante o tribunal de Valência, onde relatou ter sido vítima de racismo no Estádio Mestalla, o que gerou uma reação do clube denunciado.
Relembre o caso:
No jogo entre Valencia e Real Madrid em 21 de maio, Vinicius Junior enfrentou ataques racistas dos torcedores locais, incluindo imitações de macacos e insultos. O jogo foi interrompido brevemente quando Vinicius apontou os agressores.
Após ser expulso, o jogador ironicamente aplaudiu a arbitragem, denunciando o racismo. Ele criticou a LaLiga e seu presidente, Javier Tebas. O Real Madrid condenou o racismo e denunciou o incidente às autoridades.
A Federação Espanhola apoiou Vinicius e criticou Tebas, enquanto o Valencia prometeu banir os agressores. O caso gerou apoio mundial e destacou Vinicius como um símbolo na luta contra o racismo no esporte.