Jogo da Copa do Rei pode ter sido manipulado

Denúncias de manipulação de resultados no futebol não são nenhuma novidade. Porém, com a popularização dos sites de apostas e o interesse cada vez maior dos torcedores pela ferramenta, aumentaram (e muito) os casos suspeitos e já confirmados de fraudes desse tipo no esporte mais popular do planeta.

E o caso mais recente envolve uma das ligas mais fortes e populares do mundo, a LaLiga, da Espanha. A organizadora do Campeonato Espanhol denunciou na noite de quarta-feira (22) a suposta manipulação de um jogo da Copa do Rei na temporada passada (2021/22).

A partida sob suspeita foi entre Huracán Melilla, então na Quinta Divisão, e o Levante (que na época estava na Primeira Divisão), ocorrida no dia 2 de dezembro de 2021, e que acabou 8 a 0 para o Levante.

LaLiga recebeu a informação de uma fonte anônima por meio de seu sistema de denúncias de integridade. A liga espanhola encaminhou a história para o Centro Nacional Policial para a Integridade no Esporte e em Apostas (CENPIDA), que abriu uma investigação.

O caso está em curso no Juizado de Instrução nº 2 de nº 2 de Melilha, cidade autônoma da Espanha que fica no norte da África. Seis pessoas prestaram depoimento por lá, todas ligadas ao Huracán Melilla. De acordo com LaLiga, o Levante não está sob investigação.

Segundo o jornal “El Faro”, um ex-jogador do Huracán Melilla foi detido e depois posto em liberdade. Ele teria sido acusado de participação na manipulação do jogo.

Além da Copa do Rei, neste mês, suposto caso de manipulação de resultados também surgiu no Brasil

O Ministério Público de Goiás faz uma operação para investigar um grupo especializado em fraudar resultados de jogos da Série B do Campeonato Brasileiro. O objetivo era influenciar apostas esportivas de altos valores. Um dos jogadores investigados é o meia Romário, ex-Vila Nova.

Segundo o MP, há indícios de que o grupo atuou em pelo menos três jogos da Série B no final de 2022: Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Londrina, todos pela rodada final da competição. Os investigados teriam movimentando mais de R$ 600 mil.

A investigação apontou que o grupo convencia atletas a manipular resultados nas partidas por meio de ações, como fazer pênalti no primeiro tempo dos jogos, entre outras táticas. Em troca, os jogadores receberiam parte dos prêmios de apostas feitas. A estimativa é que cada envolvido tenha recebido R$ 150 mil por aposta.