De acordo com informações da “CNN”, as familias dos jogadores do Irã, que estão no Qatar durante a disputa da Copa do Mundo, foram ameaçadas de tortura caso os jogadores ‘não se comportarem’ na partida contra os Estados Unidos.
O grupo de atletas se recusou a cantar o hino nacional no primeiro jogo contra a Inglaterra. Após isso, o Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC), uma das forças armadas do país, os convocou para uma reunião.
Segundo uma fonte que estava trabalhando na segurança da partida, os jogadores receberam a informação de que suas famílias seriam torturadas e presas caso não cantem o hino ou se manifestem politicamente contra a situação do país.
“Há um grande número de oficiais de segurança iranianos no Catar coletando informações e monitorando os jogadores“, disse a fonte, que não teve seu nome revelado, à “CNN”.
“No último jogo contra o País de Gales, o regime enviou centenas desses torcedores para criar uma falsa sensação de apoio e favor entre os torcedores. Para o próximo jogo contra os EUA, o regime planeja aumentar significativamente o número de atores para milhares“, completou.
O treinador da seleção do Irã, Carlos Queiroz, também teria participado da reunião com o IRGC, mas não foi divulgado o que foi tratado com ele.
O Irã possuí uma forte política de opressão às mulheres, que são proibidas de frequentar estádios. Esse foi um dos motivos de vários ex-jogadores pedirem a expulsão da equipe da Copa do Mundo, o que não aconteceu. O país também vem enfrentando uma forte onda de protestos contra o regime atual.