Alguns goleiros da série A do campeonato brasileiro se manifestaram sobre a nova regras de pênaltis instaurada pela Fifa em 2023. A nova regra diz que os goleiros não podem “se comportar de forma a distrair injustamente o cobrador”.
Em outras palavras, os goleiros estão proibidos de provocar os atacantes, seja com palavras ou gestos. Essa mudança gerou um aumento no aproveitamento das penalidades convertidas e dificultou mais a atuação dos goleiros.
Divergências sobre a nova regra
A nova regra para cobranças de pênalti, seja com a bola rolando ou na disputa, foi elaborada após as atuações do goleiro argentino Emiliano “Dibu” Martínez na Copa do Mundo do Catar. O goleiro ficou marcado por dançar e provocar os batedores.
Dos 14 goleiros do Brasileirão que se manifestaram sobre a regra, 11 disseram que são contra ela. O goleiro Rafael, do São Paulo, disse que isso dificulta ainda mais a defesa do goleiro.
“Não tem nenhuma norma falando que o batedor não pode vir devagar, fazer paradinha… Na verdade, são só regras que atrapalham o goleiro o tempo inteiro”, desabafou. O goleiro também ressaltou a parte mental da disputa, que foi o principal fator para criação da regra.
“Ali é um jogo mental. Acho que vale essa provocação, esse jogo mental. É do jogo, é do esporte, achei que foi muito pesada essa nova regra, porque acaba limitando muito as ações dos goleiros”, concluiu
Os efeitos da nova regra, que passou a ter validade no dia 11 de abril, já são percebidos nos gramados brasileiros. De acordo com levantamento do espião estatístico do GE, o aproveitamento de cobranças de pênaltis entre clubes da série A está próximo de 90% nesta temporada — contando tempo normal de disputa de penalidades.
Das 34 cobranças, 30 foram convertidas (88,2% de aproveitamento). No ano passado, foram batidos 417 pênaltis e convertidos 316 (75,8% de aproveitamento).