Por conta de dívidas, o Atlético-MG prevê cortes na folha salarial e está decidido transformar o clube em SAF ainda neste semestre para melhorar sua situação financeira. A dívida do Galo supera a casa dos R$ 2 bilhões, e como solução, o time mineiro tem negociações avançadas com o empresário americano Peter Grieve, para vir a ser uma Sociedade Anônima do Futebol.
O Atlético hoje possui uma dívida bruta que já ultrapassou os R$ 2 bilhões. E uma das medidas do Galo para tentar melhorar sua situação financeira é diminuir sua folha salarial, além de transformar o clube em SAF.
Em 2022, o Galo teve que arcar R$ 200 milhões somente com juros, e com isso sua dívida líquida aumentou para R$ 1,57 bilhão. Vale destacar que tais valores não consideram os custos da Arena MRV, avaliados em R$ 440 milhões.
O Galo conseguiu arrecadar algo em torno de R$ 70 milhões neste primeiro semestre de 2023, o que diminuiu sua folha salarial, mas ainda continua R$ 8 milhões acima do orçamento anual. Situação a qual prevê que haverá mais cortes no futebol do clube. Uma vez que o Galo necessita de uma redução salarial de R$ 615 mil por mês para os valores ficarem de acordo com o previsto.
O planejamento do clube é que os custos com o futebol, em 2023, sejam em torno de R$ 251 milhões. O balanço financeiro apresentado na última quinta-feira (27) revelam que os custos de 2022 foram de R$ 326 milhões, similares com os de 2021. O clube prevê um corte de R$ 75 milhões para os números ficarem dentro do gasto estipulado para este ano.
Plano A e B do Atlético-MG
Afundado em dívidas, o Plano A do Atlético é transformar o clube em uma SAF, seguindo os passos do rival Cruzeiro. Para isso, o Galo conta com negociações avançadas com Peter Grieve, um empresário americano que está disposto a investir no time alvinegro. O estadunidense buscará a captação de dinheiro no mercado para comprar as ações da equipe de Belo Horizonte.
O Plano B do Atlético é se tornar uma SAF sem contrato com investidores, e nesse modelo a associação do Galo passaria a ser dona de 100% das ações. Logo depois, essas ações do clube-empresa seriam vendidas para empresários como Rubens Menin, Ricardo Guimarães e Rafael Menin. Soluções essas que viriam para resolver o problema da dívida onerosa do clube, que possui taxa de juros de 18%.