A partida entre Brasil e Inglaterra, disputada no dia 6 de abril, não teve um final feliz para a seleção verde e amarela. No entanto, pensando no futebol feminino, foi um jogo que entrou para a história. Com mais de 80 mil torcedores presentes, o jogo único da Finalíssima tornou-se o quinto maior público da história das mulheres neste esporte.
Um número importante, sobretudo no mesmo ano em que será disputado o Mundial. A expectativa é que a quantidade de espectadores se tornem cada vez maiores, seja na competição que começa em julho ou nos próximos anos.
Como mostra a reportagem feita pelo blog Betway Insider, 83.132 pessoas foram ao tradicional Wembley, em Londres, para acompanhar a partida protagonizada entre Brasil e a Inglaterra. Jogo válido pela Finalíssima, que é uma espécie de “Recopa” entre as campeãs da América do Sul e Europa.
A partida terminou com o empate em 1 a 1, levando assim a grande decisão para a disputa nos pênaltis. Nas penalidades, as inglesas levaram a melhor e levantaram o troféu diante de um dos maiores públicos que o futebol feminino já teve. Um sinal positivo para o momento da modalidade.
Esse número mostra que o futebol feminino está em alta, sendo uma das maiores tendências na Europa. No ano passado, por exemplo, dois grandes jogos fizeram história. O primeiro foi o clássico entre Barcelona e Real Madrid, disputado no Camp Nou, no dia 30 de março de 2022.
A partida contou com o público de 91.553, quebrando todos os recordes e se tornado o maior de todos os tempos. A final da Euro de 2022 também marcou história, com 87.192 torcedores assistindo, novamente no Wembley, a decisão entre Inglaterra e Alemanha.
Todos esses jogos ficaram para a história, e apontam para uma tendência positiva no futuro. O investimento no futebol feminino cresceu rapidamente nos últimos anos, e o resultado é um interesse cada vez maior dos torcedores.
Aqui no Brasil, por exemplo, algumas partidas comprovam essa tendência. No dia 18 de setembro do ano passado, mais 40 mil torcedores acompanharam a partida entre Corinthians e Internacional, na Neo Química Arena, em São Paulo.
Sumário
De olho no Mundial do futebol feminino
Esse grande público na partida entre Brasil e Inglaterra é um sinal positivo para as projeções de público que podem acontecer na Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia. O torneio começa no dia 20 de julho, e promete reunir um grande público, sobretudo na final do torneio, marcada para acontecer no dia 20 de agosto, em Sydney.
A seleção brasileira não está entre as favoritas, segundo os palpites de futebol no blog da Betway, entretanto, devido a sua apresentação na Finalíssima e os encaixes feitos pela Pia Sundhage, técnica da seleção, o torcedor brasileiro pode esperar uma boa participação no torneio.
No entanto, o mais importante da competição não deve ser somente o resultado, mas também os números dos públicos em cada partida. A expectativa é por quantidades de espectadores cada vez maiores, inclusive com maior engajamento dos torcedores.
Isso causa impacto até mesmo no futebol brasileiro, que precisa de maiores investimentos para crescer no cenário mundial. A reportagem feita pela equipe da Betway, site de esportes bets, aponta uma falta de estrutura na maioria das equipes, e também na seleção brasileira.
Por aqui, apenas as jogadoras do Corinthians usam as mesmas estruturas que o elenco masculino. O resultado disso é visto em campo, com vários títulos conquistados nos últimos anos e um domínio completo no futebol brasileiro.
Além disso, uma boa parte das meninas convocadas pela treinadora Pia Sundhage são do clube paulista. Ou seja, quanto maiores forem os públicos no Mundial que acontece na Oceania, melhores são as chances de o torneio impactar na estrutura do futebol feminino brasileiro.
Sonhando com o título
Em campo, o Brasil se mostrou forte e pronto para enfrentar grandes seleções do cenário mundial. Apesar da falta de investimentos e contando com pouca estrutura de trabalho, é possível perceber a evolução das atletas nos últimos anos.
A equipe empatou com a Inglaterra, venceu a Alemanha e chega no Mundial pronto para causar uma surpresa positiva. Não que seja uma missão fácil, mas é possível conseguir boas vitórias e até mesmo alcançar as últimas fases da disputa.
A estreia da seleção brasileira acontece no dia 24 de julho, em partida contra o Panamá. O elenco comandado pela sueca Pia está no Grupo F, que conta ainda com França e Jamaica. Os dois melhores se garantem nas oitavas de final.
Por mais que recordes não sejam quebrados, já que a Copa do Mundo não terá nenhum estádio com as capacidades do Wembley e do Camp Nou, fica a expectativa por bons números de espectadores no torneio, contribuindo para a evolução do futebol feminino no mundo.