O futebol árabe vem investindo pesado nos últimos meses e conseguiu algumas as principais estrelas do futebol mundial como Cristiano Ronaldo, Karim Benzema, N’Golo Kanté, Roberto Firmino, Marcelo Brozovic, Kalidou Koulibaly e Edouard Mendy. A ideia, além de fazer com que a liga cresça também tem como objetivo apagar um passado nada agradável, onde os sauditas ficaram conhecidos como caloteiros.
Os clubes vivam situações onde atrasavam salários e se negavam a pagar valores que deviam a outros times em que compravam jogadores. O fato levou a Saudi Pro League a ter essa fama negativa.
“Os atrasos e não pagamentos anteriores eram comuns em alguns clubes em função de um pouco de falta de governança na organização do futebol local e também um pouco de cultura de lá“, destaca Marcos Motta, advogado que trabalha na organização da liga, em entrevista ao “UOL Esporte”.
Essa fama entrou em evidência novamente quando, na última semana, o Al-Nassr, time de CR7, sofreu um transferban por não pagar uma dívida com o Leicester pelo Ahmed Musa, contratado em 2018. Clubes brasileiros, incluindo Vasco, Flamengo e Coritiba também já foram vitimas de ‘calotes’ por parte dos sauditas.
Ainda de acordo com Motta, o cenário é de otimismo para o futuro e o futebol árabe não deve mais ter falta de pagamentos. O advogado aponta para a nova estrutura de organização da liga, que é muito mais séria do que a anterior.
“Isso não deve se repetir porque esse projeto que já está valendo, com todas essas contratações, vem acompanhado de um plano muito sólido de desenvolvimento do futebol local em função de competições internacionais que vão sediar, inclusive da Fifa“, diz.
O futebol árabe vem investindo forte em contratações após o governo estatizar os quatro grandes clubes do país — Al-Nassr, Al-Ittihad, Al-Ahly e Al-Hilal — e investiu 1 bilhão de dólares (R$ 4,8 bilhões) para contratações. Desde então, as equipes tem utilizado esse dinheiro para atrair as maiores estrelas do futebol mundial.