O que parecia impensável há alguns anos, está muito próximo de se tornar realidade. A dívida do Flamengo – antes estratosférica – atingiu, ao final de 2022, seu patamar mais baixo dos últimos anos, segundo dados compilados pela consultoria ‘Sports Value’. O valor total hoje é de R$ 259 milhões, algo que não representa nem metade do que o clube arrecadou, por exemplo, com direitos de transmissão.
Zerar, de fato, as dívidas é algo praticamente impensável para um clube de futebol, já que é comum, por exemplo, parcelar a compra de um jogador ou realizar algum empréstimo para fins de fluxo de caixa. Para o Flamengo, contudo, seria algo possível considerando apenas os números em si.
No levantamento feito pela empresa liderada por Amir Somoggi, a dívida do Flamengo atingiu seu nível mais alto nos últimos anos em 2012, com R$ 804 milhões. O patamar mais baixo até então havia sido atingido em 2017, com R$ 335 milhões.
É possível dizer que, nos últimos quatro anos, a dívida caiu praticamente pela metade, de R$ 509 milhões em 2019, para R$ 259 milhões na última temporada. Nos últimos anos, o patamar mais alto da dívida foi atingido em 2020, com R$ 760 milhões, em cifra controlada já na temporada seguinte, com diminuição para R$ 375 milhões e agora R$ 259 mi.
Quanto o Flamengo arrecadou no período
Comparando com as receitas obtidas no último ano, o Flamengo faturou R$ 495 milhões com direitos de transmissão, incluindo premiações – o clube, vale lembrar, foi campeão da Libertadores e da Copa do Brasil. É mais que o dobro da dívida total hoje.
Nas demais fontes de receitas, o Flamengo teve R$ 150 milhões em patrocínios, R$ 133 milhões em transferências de jogadores, R$ 127 milhões com dinheiro obtido com o Maracanã (bilheteria, camarotes, restaurantes, etc.) entre seus maiores faturamentos. O total que o clube arrecadou em 2022 foi de R$ 1,17 bilhão, recorde 9% superior do registrado na temporada anterior: R$ 1,08 bilhão em 2021.