A renovação da concessão do Maracanã ganhou mais um capítulo nesta segunda-feira (24). Flamengo, Fluminense e o governo do Rio rebateram o pedido do Vasco de participar da cessão do estádio.
O Vasco entrou com uma ação na Justiça para ter o direito de competir pela administração temporária do Maracanã. A dupla Fla-Flu também se posicionou e “alfinetou” o Cruz-Maltino.
Situação da administração do Maracanã
O governo enviou para a Justiça um documento que refuta o argumento do Vasco de que é preciso uma liminar para suspender o atual contrato de administração do estádio. O Estado ainda argumenta que, se o pedido do Vasco foi aceito, o Maracanã terá que ser fechado.
O Vasco entrou na Justiça para impedir a renovação automática do contrato de concessão do Maracanã para Flamengo e Fluminense. De acordo com o Cruz-Maltino, ele quer participar, de imediato, da administração temporária do estádio.
Flamengo e Fluminense alegam que o desejo repentino do Vasco em participar da concessão está condicionado aos interesses financeiros da 777 Partners, dona de 70% da SAF do clube. Em nota, a dupla manifestou seu posicionamento:
“Assumindo traços coloniais, o impetrante [Vasco] deseja mandar e desmandar no COMPLEXO DO MARACANÃ, extraindo os benefícios da exploração do estádio, e tolerando, quase que por graça imperial, que FLAMENGO e FLUMINENSE – os maiores clubes cariocas de futebol – utilizem o complexo desportivo se e quando houver sua aquiescência”
O pedido da “dupla FlaFlu” e do governo também é baseado na declaração feita pela diretoria vascaína em 2019, quando abriu-se as conversas para interessados em administrar o Maracanã. Na época, o presidente disse que não tinha interesse na administração do complexo.
O Vasco pede um chamamento público para discutir a renovação da concessão. Segundo a Casa Civil, um chamamento público deve ser solicitado 30 dias antes do encerramento do atual contrato (25). Neste caso, se o pedido for aprovado, o estádio teria que fechar temporariamente.
A defesa do Cruz-Maltino alega que as seguidas renovações automáticas, sem chamamento público, violam o direito de saber informações sobre os motivos que impedem a participação do clube no processo.