Em meio a tantos clubes brasileiros se convertendo ao modelo de venda da sociedade anônima do futebol (SAF) a empresas, outros times já tinham feito algo semelhante: a transformação em “clube-empresa”. O Figueirense foi um exemplo desses. Porém, o projeto foi um desastre.
O contrato com a holding Elephant devia durar 20 anos, mas acabou em cerca de dois anos, com o Figueirense quase deixando de disputar o Campeonato Brasileiro. O clube catarinense mudou após a lei que permitia o modelo clube-empresa ser aprovada: os clubes de futebol poderiam passar a ser geridos como empresas, inclusive estando passíveis de falência.
Depois disso, após início promissor com o título catarinense em 2018, tudo deu errado. A Figueirense Ltda. teve salários atrasados, não pagou comida e transporte a jogadores e teve contratos rescindidos na justiça do trabalho. Os jogadores, inclusive, não entraram em campo contra o Cuiabá em partida da Série B 2019, por greve. Denúncias de corrupção na gestão também apareceram.
Voltando aos trilhos
Pouco a pouco, o Figueirense tenta recolher os cacos e tornar o clube rentável novamente. Todo o processo de recuperação judicial e implementação da SAF deve ser demorado, mas não tem outro jeito. Já há indícios de melhora com a classificação iminente para a Série C e as conquistas da Copa Santa Catarina e da Recopa.