Famoso zagueiro acusado na máfia das apostas “conta” com presidente Lula pra fugir do Ministério Público

O zagueiro Victor Ramos, que está na mira da Operação Penalidade Máxima, vai utilizar um argumento que o atual presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) utilizou quando estava sob investigação do STF.

A defesa do jogador protocolou um documento onde cita a Operação Lava Jato, e diz que “em ambos os julgamentos (Lula e Mantega), os debates foram atravessados pela tese central de que houve abuso na atração da competência pela 13ª Vara Federal de Curitiba nos casos da Lava Jato“.

Dessa forma, os advogados do zagueiro argumentam que o processo deveria ser julgado onde o suposto crime aconteceu, ou seja, onde o réu tem residência.

A investigação aponta que o atleta aceitou participar de um esquema de apostas enquanto atuava pela Portuguesa, em um duelo contra o Guarani, pelo Paulistão, no dia 8 de fevereiro.

A alegação é de incompetência territorial, o caso penal deve tramitar no local de consumação do suposto delito, e a partida objeto da acusação foi travada em Campinas. Não se trata de ataque ao juiz, mas alegação de incompetência do Foro. A Comarca onde deve tramitar o feito é diferente“, destacou Ivan Jezler, advogado de Victor Ramos.

Outro trecho do documento aponta que “ainda que a primeira etapa da operação tenha por móvel fatos supostamente praticados no Estado de Goiás, segundo o MP, com o intuito de manipularem a competitividade e idoneidade do jogo, tal circunstância não pode atrair a competência de uma das Varas Criminais de Goiânia para todos os supostos delitos praticados no contexto de eventos esportivos profissionais de futebol

Por fim, os representantes de Victor Ramos também afirmam que o jogo em que o zagueiro estava envolvido aconteceu por um campeonato estadual, ou seja, nada tem a ver com as investigações no Brasileirão da Série A e B.