A lesão significativa de David Alaba, jogador do Real Madrid, evidenciou a grande diferença existente entre o trabalho desenvolvido nas categorias de base do Real Madrid e do FC Barcelona. O conjunto madrilenho encontra-se com inúmeras dificuldades na defesa após Alaba sofrer uma ruptura no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, deixando o clube sem muitas opções de substituição à altura dentro do time do Castilla.
Com Alaba e Militão em recuperação de longo prazo, o Real Madrid conta apenas com dois zagueiros de ofício em sua escalação: Rüdiger e Nacho. Esse cenário obriga o clube a considerar movimentações no mercado de inverno, algo que não estava inicialmente nos planos da diretoria.
A grande aposta para uma renovada defesa madrilenha é Rafa Marín. Contratado do Sevilla aos 14 anos, Marín teve que ser emprestado ao Alavés, já que o técnico Ancelotti não tinha planos para o jogador em seu esquema principal. Marín, que possui contrato até 2026 com o Real Madrid, vem se destacando no Alavés, conquistando um lugar na equipe titular e demonstrando potencial para jogar na Primeira Divisão espanhola.
Qual é a situação de Rafa Marín?
Em caso de uma possível tentativa de repatriação de Marín, o Real Madrid teria que negociar com o Alavés e pagar uma compensação, algo que não será fácil, haja vista que o jogador tem se tornado fundamental para a equipe, principalmente na luta contra o rebaixamento. A falta de confiança nos defensores oriundos da categoria de base do Real Madrid foi evidente na pré-temporada, quando Ancelotti não convocou nenhum deles para a turnê americana.
No entanto, mesmo diante de toda essa situação, a diretoria do Real Madrid manteve uma postura de venda, negociando, por exemplo, Mario Gila com a Lazio da Itália, obtendo 6 milhões de euros por metade dos direitos do jogador. Outro exemplo foi Víctor Chust, que foi vendido ao Cádiz da Espanha por um milhão de euros.
Por outro lado, o FC Barcelona tem conduzido um trabalho mais consistente com a sua base. No time principal, o clube conta com Araujo, Koundé, Iñigo Martínez e Christensen, além de dispor de Mika Faye e Pau Cubarsí no time B. Eles têm recursos próprios para suprir possíveis ausências no primeiro time, ao contrário do Real Madrid, que agora precisará recorrer ao mercado para reforçar sua equipe.