Alfonso Pérez, ex-jogador espanhol que fez carreira em clubes como o Real Madrid, Barcelona e Marselha, fez comentários controversos sobre o futebol feminino que vêm causando ondas de polêmica na Espanha. As declarações foram em resposta à recente controvérsia que envolve a Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e a seleção feminina de futebol da Espanha.
Nas declarações, Pérez evidenciou seu desagrado com a recusa inicial das jogadoras em serem convocadas para a seleção, além de criticar o treinador Pep Guardiola por suas posições políticas passadas relacionadas à independência da Catalunha.
O rouco eco da controvérsia
“No caso de Guardiola, como no das raparigas, obrigá-las-ia a beijar a bandeira espanhola para saberem que estão a defender a camisola do seu país com honra e honestidade. Isso primeiro, depois podem protestar sobre o que quiserem. Parece-me bem que peçam o que pretendam, mas a seleção está acima disso”, defendeu em entrevista ao El Mundo.
Quando perguntado sobre sua visão em relação ao futebol feminino e à igualdade salarial em comparação ao masculino, o antigo internacional espanhol rejeitou prontamente a proposta, alegando que “não existe comparação” entre os dois setores. Suas palavras repercutiram fortemente, gerando ampla discussão.
Por que a divergência de opiniões?
O ex-jogador acredita que a comparação é impossível, pois cada esporte gera diferentes receitas e impactos mediáticos. “Acho ótimo que as mulheres tenham seu espaço e seus direitos, como têm tido há muitos anos, mas não acho que o futebol masculino e feminino sejam comparáveis, porque tudo depende das receitas que se geram e do impacto mediático. E aí, não há comparação”, explica Pérez.
Comentários como esses continuam a alimentar o debate sobre igualdade de gênero no esporte, que se intensificou nos últimos anos. Enquanto alguns acreditam que a igualdade salarial deve ser aplicada independentemente do gênero, outros, como Pérez, argumentam que deveria depender das receitas geradas e da influência mediática do respectivo esporte.