Desde a chegada da 777 Partners, o Vasco da Gama está empenhado em conseguir uma participação na gestão do Maracanã, disputando o estádio com Flamengo e Fluminense. O interesse do clube cruzmaltino, no entanto, vai além do aspecto esportivo. No entendimento da gestão do clube, existem componentes comerciais, estratégicos e de imagem em jogo.
A participação do Gigante da Colina no processo de licitação do estádio acontece por meio de um consórcio formado pela Legends, empresa norte-americana que administra o Camp Nou, e a WTorre, que projetou o estádio Allianz Parque, do Palmeiras. Na visão do Vasco, o Maracanã é um elemento crucial para aumentar receitas de bilheteria e sócio-torcedor.
Além disso, o time cruzmaltino acredita que conseguirá arrecadar mais com patrocínios, caso os camarotes do estádio entrarem na relação com os parceiros comerciais. Para a WTorre, o Maracanã seria um ótimo ponto de realização de shows e eventos no Rio de Janeiro.
No entanto, caso o Vasco ganhe a licitação do estádio, ele será obrigado a deixar Flamengo e Fluminense usarem o estádio, algo que já está previsto nas regras da licitação. Desta forma, as duas equipes continuariam sendo os principais usuários do Maracanã, já que não possuem nenhuma outra alternativa para mandar suas partidas.
Porém, a receita com alimentos e bebidas fica com quem administra o estádio, além de uma possível ampliação nesta linha de arrecadação através de patrocinadores que atuem neste ramo (cervejarias, lanchonetes, restaurantes, etc).
Além disso, dirigentes ligados a Flamengo e Fluminense acreditam que, caso o Vasco vença a licitação, o clube tentará mudar o gramado para sintético. A informação teria sido passa pela 777 ao governo do Rio de Janeiro, mas o time cruzmaltino nega.