A situação fincanceira atual do Atlético-MG não é das melhores. O Galo viu sua dívida bruta aumentar e atingir um valor de R$ 1,7 bilhão em 2022. O endividamento é tão grande (maior do futebol brasileiro) que pode impactar os planos do clube mineiro em relação à venda de sua SAF.
Além do valor exorbitante da dívida, a maior parte do passivo do Atlético-MG é circulante – ou seja, de curto prazo – e deve ser pago em menos de um ano. Vale ressaltar que a dívida total do Atlético-MG ultrapassa o valor de R$ 2 bilhões quando o endividamento relativo da construção da Arena MRV (R$ 440 milhões) é incluído na conta.
Por conta do valor da dívida, a tendência é que o Atlético-MG feche a venda da SAF nos próximos meses. A entrada de capital de um investidor é vista como fundamental para pagar as dívidas de curto prazo e renovar a saúde financeira do clube.
O Galo negocia desde janeiro com um fundo de investimentos liderado pelo empresário Peter Grieve, que promete captar dinheiro no mercado para fazer a compra das ações da futura SAF. No entanto, as conversas foram impactadas pelas novas informações sobre o endividamento do time mineiro.
A ideia é o empresário comprar uma parcela de ações da SAF (entre 51% e 55%) e assumir a dívida onerosa no curto prazo. Dessa forma, com o aumento do endividamento, o investidor automaticamente deve aumentar a oferta de capital. Se ele aceitar aportar mais dinheiro, um possível impacto é o aumento do percentual da empresa a ser repassado.