O Ministério Público da Espanha negou o segundo pedido de liberdade de Daniel Alves nesta terça-feira (25). O jogador está preso desde o dia 20 de janeiro, acusado de estuprar uma mulher em uma boate em Barcelona.
O pedido da defesa veio após um novo depoimento dado pelo atleta na semana passada, em que ele conta outra versão da história.
Motivo do MP
Segundo a procuradora do caso, o risco de fuga de Daniel foi o principal motivo para rejeição do pedido de liberdade. Embora os advogados do atleta tenham afirmado que Daniel quer responder ao processo e não vai fugir para o Brasil, o MP segue com a mesma decisão de fevereiro — quando foi feito o primeiro pedido de liberdade.
A defesa de Daniel esperava que o fator familiar também auxiliasse no pedido de liberdade do jogador. Daniel Alves tem ex-esposa e dois filhos na Espanha, o que seria mais um motivo para não fugir do país.
Em seu novo depoimento, o atleta afirma que teve relações sexuais consensuais com a mulher. Ele também disse que é respeitoso em sua relação com mulheres e toma iniciativa se perceber uma “tensão sexual”.
Essa versão da história contradiz o relato da vítima e alguns exames médicos. Após o ocorrido, a mulher foi levada ao Hospital Clínic, referência na Espanha em atendimentos de vítimas de abusos sexuais.
Em um dos exames realizados, foi constatado ferimentos no joelho da mulher, que seriam compatíveis com o esforço realizado para tentar “se livrar” do ato sexual. Ela disse que Daniel a agarrou pela nuca e a jogou no chão. O processo segue em andamento na Justiça Espanhola.