A Superliga pode ser a solução para os problemas econômicos do FC Barcelona e do Real Madrid, graças a uma injeção de aproximadamente 1 bilhão de euros, caso a nova competição seja de fato implementada.
A chave para essa solução estava na sentença do Tribunal Superior Europeu, que se tornou pública hoje, com um veredito muito favorável à Superliga e apontando “abuso de poder dominante por parte da FIFA e da UEFA”.
A reação dos clubes promotores da Superliga à decisão do Tribunal Superior Europeu
Com a decisão favorável do Tribunal de Justiça da União Europeia, o projeto da Superliga está mais vivo do que nunca. Há um grande montante de dinheiro envolvido: os investidores desembolsam 15 bilhões de euros para colocar em prática uma competição que vale 100 bilhões de euros. Dessa quantia, os investidores manterão 15%; o Barça contará com uma parcela do restante 85%. Além disso, o Barcelona e o Madrid receberão um bônus de resistência por terem mantido o projeto vivo.
Com a Superliga, o clube do Barcelona ganharia de imediato cerca de 1 bilhão de euros, o que resolveria os problemas financeiros do clube, assim como os do Madrid, que enfrenta uma situação econômica tão complicada quanto a do Barcelona. O Madrid precisa de uma injeção econômica. Se não for via Superliga, o presidente Pérez buscará outra maneira de sanear o clube.
O que muda após a sentença da União Europeia?
Após a sentença da União Europeia, a A22 Sports Management, empresa impulsionadora do projeto da Superliga, fará uma coletiva de imprensa na quinta-feira para explicar sua vitória. A UEFA já não possui o monopólio dos torneios de futebol.
Em razão disso, a UEFA e a ECA, com Nasser Al-Khelaifi (PSG), já começaram uma campanha de coleta de assinaturas dos clubes, manifestando que, mesmo que a sentença seja desfavorável à UEFA, os signatários se manterão nas competições da UEFA.
Essa nova competição contará inicialmente com clubes de pedigree europeu que já não estão em seu melhor momento, como PSV, Feyenoord, as equipes portuguesas, Anderlecht… equipes que, com uma injeção econômica, se fortaleceriam. Houve contato com mais de 60 clubes para aderir ao projeto. A Superliga, assim, parece não estar blefando caso a sentença seja favorável.
O dinheiro já está no banco para dar início à competição. O Real Madrid é o principal impulsionador e vai sem condições. O Barcelona, por outro lado, não descarta um diálogo com a UEFA, desde que os clubes tenham o controle que teriam na futura Superliga. A UEFA conta com o apoio financeiro do Qatar e pode responder com uma super Champions League nos próximos anos.