A Crefisa, patrocinadora máster do Palmeiras, foi condenada pela Justiça de São Paulo pelo menos dez vezes nos últimos dias. O motivo é a cobrança de juros abusivos de pessoas idosas.
Segundo relatório, o banco chega a cobrar juros de 987% ao ano.
Crefisa condenada na Justiça
Em sua sentença, a juíza Luciene Allemand constatou que a Crefisa cobrava uma taxa de juros muito acima da média durante o período dos casos analisados. De acordo com índice do Banco Central, a taxa era de 190%.
“Houve uma clara afronta ao princípio da boa-fé e da função social do contrato”, escreveu Luciene. Ela ainda completou dizendo que “observa-se inegável exorbitância nas taxas de juros praticadas em relação ao aposentado”.
A Crefisa ainda pode recorrer da decisão e em sua defesa diz que não cobrou taxas abusivas de juros. O banco declarou que a cobrança é realizada em função dos riscos de inadimplência envolvidos no contrato.
Por fim, a instituição financeira afirmou que os clientes sabiam dos valores e taxas envolvidas no empréstimo quando assinaram o contrato e, por isso, assumiram o risco. Confira um trecho do comunicado da Crefisa à Justiça:
Diferentemente do que ocorre em bancos comuns, aqueles que procuram a Crefisa são pessoas muitas vezes negativadas, que não conseguem obter empréstimos em outras instituições.
A atuação da Crefisa, portanto, está focada em suprir a demanda de uma parcela da população não atendida por instituições tradicionais, democratizando o mercado de crédito e impulsionando a economia, com uma maior circulação de capital e de bens e serviços.
Logo, ao mesmo tempo em que a Crefisa ajuda a fornecer crédito a indivíduos que de outra forma não teriam essa oportunidade, há uma inegável assunção de maiores riscos dê inadimplência nas operações, sendo este o mais importante aspecto que distingue a Crefisa de outros bancos convencionais.