Houve uma reviravolta interessante no mercado do Real Madrid. Até então, o clube espanhol anunciou a chegada de três jogadores espanhóis (Fran García, Brahim e Joselu) e um estrangeiro (Bellingham). Tal foco em jogadores nacionais é algo atípico nesse clube no século XXI.
Após a sentença de Ley Bosman em 1995, o mercado de grandes clubes europeus sofreu uma transformação radical. A livre circulação de trabalhadores no futebol europeu resultou na diminuição do peso dos jogadores nacionais em favor dos estrangeiros. O Real Madrid não foi uma exceção a essa regra.
Quais foram as contratações recentes do Real Madrid?
Desde a temporada 2000-01, o clube do Bernabéu incluiu muito mais jogadores estrangeiros do que nativos da Espanha em sua composição. No segundo mandato de Florentino, foram 41 estrangeiros e 27 nacionais.
A diferença foi ainda mais acentuada em seu primeiro mandato, com uma proporção de 17-3. E, entre as temporadas 06-07 e 08-09, a relação foi de 20-3. Contudo, nos últimos anos, essa tendência parece estar se atenuando, apesar da atual temporada ser mais uma exceção do que a norma.
Em sua primeira gestão, Florentino Pérez anunciou a chegada de quatro jogadores estrangeiros (Luis Figo, Makekele, Flavio Conceição e Solari), contra apenas dois espanhóis (César e Munitis). Contudo, o recorde de contratações estrangeiras do Real Madrid ocorreu durante o mandato de Ramón Calderón, no período 2007-08, quando o clube contratou oito jogadores estrangeiros e nenhum espanhol.
Jogadores nacionais estão ganhando terreno no Real Madrid?
A partir da temporada 09-10, no início do segundo mandato de Florentino, a tendência começou a mudar. Apesar de grandes contratações estrangeiras (Cristiano, Benzema e Kaká), nesse ano o clube contratou mais jogadores espanhóis, totalizando cinco: Xabi Alonso, Albiol, Negredo, Granero e Arbeloa.
Essa tendência continua na atual temporada, algumas primeiras incorporações aconteceram com Fran García, vindo por cinco milhões de euros, Joselu, cedido pelo Espanyol e Brahim, que retorna após sua cessão em Milão.