CBF entra em cena e impede John Textor de afundar o Vasco de vez

Após longas negociações, o Vasco conseguiu um acordo com o Botafogo para utilizar o estádio Nilton Santos para o clássico contra o Fluminense no dia 16 de setembro. Porém, os bastidores foram intensos.

A CBF teve que intervir para que o empresário norte-americano John Textor, dono da SAF do Glorioso, liberasse o uso do estádio.

John Textor e o pedido do Vasco

A princípio, John Textor não queria alugar o Nilton Santos para o rival puramente por conveniência. Isso porque, o clássico já estava encaminhado para ser realizado em Volta Redonda, no estádio Raulino de Oliveira.

Porém, representantes da CBF analisaram que o Nilton Santos seria uma escolha óbvia para receber o clássico. Entre os principais motivos estavam a logística, o fato do Botafogo jogar em Belo Horizonte naquele fim de semana e a qualidade do gramado.

Na última vez que o Fluminense jogou em Volta Redonda, o técnico Fernando Diniz não poupou críticas às péssimas condições do gramado. Por isso, não seria interessante que a partida fosse realizada no estádio.

Outra questão que contribuiu para a escolha do Nilton Santos foram as interdições do Maracanã (recuperação do gramado) e de São Januário (medida judicial do governo do Rio de Janeiro).

Diante desse cenário, a entidade máxima do futebol brasileiro intermediou as negociações entre Vasco e Botafogo para liberação. Após reunião com representantes da CBF, John Textor optou por ceder o estádio para o Cruzmaltino.

O dono da SAF do Botafogo entende que essa atitude é uma boa oportunidade de ganhar prestígio na entidade. Em termos financeiros, o “empréstimo” ao Vasco também foi um bom negócio.

O Glorioso tem a concessão da administração do Nilton Santos até 2051 e vai receber à vista o valor do aluguel do estádio. Além disso, ficará com parte dos lucros provenientes de bares e estacionamentos.