Alexandre Pantoja é o novo brasileiro campeão do UFC. O lutador persistiu atrás desse sonho nas artes marciais por quase 20 anos, e A recompensa veio com um título nos pesos moscas no último sábado (08), aos 33 anos de idade. Contudo, o caminho percorrido pelo carioca natural de Arraial do Cabo não foi nada fácil até chegar ao topo do MMA, e ele passou por diversos ‘perrengues’ até se tornar um campeão.
Em sua busca pelo sonho de se tornar um lutador do UFC, Pantoja trabalhou de garçom, pedreiro e fez entregas de Uber, além de ter sido até marinheiro. E ainda morou de favor na casa de familiares de amigos no Rio de Janeiro para poder treinar na academia Nova União. Uma vez que levava duas horas de carro de Arraial do Cabo até a capital carioca, e ele não tinha como morar perto da academia onde treinava.
“Ficava um pouco na casa de cada um pra não virar um fardo. E foi isso que me manteve no Rio de Janeiro. Muitas vezes eu me senti desmotivado, mas eu segui”, disse Pantoja em entrevista à ESPN.
“Eu já trabalhei como garçom, já trabalhei como pedreiro, como marinheiro de barco. E todos os trabalhos que eu tive foram pra sustentar o meu treinamento. Sabia que não ia virar um garçom ou marinheiro, sabia que eu era um lutador. Eu nem lembro quanto eu ganhava, nunca foi pelo dinheiro, foi pra sustentar meu treinamento. Fui marinheiro bem novo, com 15, 16 anos, eu puxava a garateia e fazia maior firula como se fosse um treinamento puxando o barco. Tudo que eu fiz na vida foi pra fazer esse trajeto”, relembrou seu percurso até se tornar um campeão do UFC.
Pantoja relembra trabalho como garçom em restaurante
Pantoja relembrou ainda alguns acidentes que ele provocou trabalhando como garçom no Rio de Janeiro, como colocar fogo em um restaurante de alguns de seus amigos ou derramar feijão sobre um cliente.
“Tinha aquela boca de chama de fogo, que fica acesa quando o restaurante é self-service. Eu fui trocar, queimei o dedo, espalhou fogo pra tudo quanto é lado, na cortina. Sorte que os donos eram meus amigos e acabaram me aliviando”, revelou.
“As pessoas continuaram comendo como se nada estivesse acontecendo. Eu como garçom uma vez deixei cair um pouco de feijão no cliente, eu nunca vou me esquecer, o cara me olhou com uma cara como se eu fosse uma pessoa tão desqualificada. Mas é engraçado porque hoje eu me sinto um vencedor do mundo e não é o cinturão que vai me falar isso. Me sinto muito campeão na minha vida. Claro que o cinturão vai fazer esse ele, mas me dá muita tranquilidade pra saber quem eu sou”, concluiu.