O Fortaleza pode se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) em breve. A diretoria executiva do clube mantém em aberto as discussões sobre a possibilidade.
Entretanto, os dirigentes estudam modelos de negócios diferentes dos que acontecem no atual futebol brasileiro. A inspiração vem da Alemanha.
Fortaleza SAF?
A ideia do Leão do Pici é comercializar entre 10 e 15% das ações do clube, em um modelo semelhante ao que aconteceu no Bayern de Munique. A diretoria do clube alemão possui 75% da instituição, enquanto o restante é dividido em três empresas: Audi, Adidas e Allianz (com igual porcentagem).
Além de outros valores previstos no contrato, as empresas atuam no cotidiano do clube. Elas são patrocinadora, fornecedora de material esportivo e naming rights do estádio, respectivamente.
Esse modelo brilhou os olhos da gestão do Fortaleza, que passou a estudar a gestão do clube alemão. “É uma referência, pois o modelo do Bayern tem 75% de cotas na associação, e os outros 25% são divididos em três empresas. Então a gente viu esse modelo e nós nos aprofundamos”, disse o diretor administrativo do Fortaleza, Arthur Lidio.
Isso vai na contramão dos modelos de SAF que acontecem no Brasil, como no Vasco e no Cruzeiro. Nesses clubes, a empresa que comprou a SAF passou a ser dona do clube.
Vale ressaltar que qualquer mudança no modelo de gestão do Fortaleza deverá passar pela aprovação do Conselho Deliberativo e mudanças no estatuto. A diretoria espera receber R$ 50 milhões caso comercialize uma parte do clube.
Esse dinheiro, em um primeiro momento, seria destinado para o elenco, as categorias de base e a administração interna.