Carlo Ancelotti, o atual treinador do Real Madrid, encontra-se numa situação delicada. Apesar de ter realizado 65 substituições na temporada entre a Liga e a Champions, ainda não conseguiu que nenhuma delas resultasse em gols. A situação torna-se ainda mais crítica quando consideramos o fantástico ano de Jude Bellingham, que tem alguma forma conseguido esconder uma versão menos expressiva da equipe.
Os reflexos dessa lacuna tornam-se evidentes quando olhamos para Joselu. Apesar de ser uma presença certa nas estratégias de Ancelotti, o atacante espanhol parecer ter dificuldade em marcar gols quando não é um titular. Dos cinco gols que marcou até agora, todos eles vieram dos seus oito jogos onde começou a partida, o que levanta mais dúvidas sobre a eficácia das escolhas de Ancelotti.
Dependência dos titulares?
O resto dos gols da equipe tem sido em grande parte contribuições de titulares (Vinicius fez três, Rodrygo dois, com Tchouameni, Valverde, e Carvajal contribuindo um cada). Com exceção de Brahim, que marcou o seu único gol como titular contra Las Palmas para substituir Bellingham, ninguém fora da equipe regular se destacou. Esta deve ser uma fonte de preocupação para Ancelotti, uma vez que a falta de variedade não é geralmente uma boa notícia para nenhuma equipe.
Onde está o problema?
Mais preocupante para o Real Madrid é o fato de que em outras ocasiões, estes “gols extras” não foram necessários para ganhar pontos. Ontem, no entanto, foi um daqueles dias em que um gol a mais teria feito a diferença. Rodrygo foi trazido para agitar as coisas, mas não conseguiu encontrar a combinação perfeita.
Como resultado de toda essa pressão, Bellingham teve que carregar o peso do time em sua omoplata esquerda, enquanto Camavinga teve que continuar em campo apesar de um golpe que dificultava a sua visão. Infelizmente, a estratégia de Ancelotti resultou na perda do co-liderança, quando o Real Madrid agora é o quarto time com mais gols na Primeira Liga, atrás do Barcelona, Atlético e Girona.